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sexta-feira, 11 de março de 2011

Ensino prejudicado pela superlotação das turmas

A Escola Estadual Professora Yolanda Martins enfrenta o mesmo problema relatado na reportagem publicada. O objetivo é mostrar que em salas superlotadas, em Ibirité, Em Minas Gerais, Goiás ou em qualquer lugar do mundo impossibilita um ensino de qualidade.




MOVIMENTO TODOS PELA EDUCAÇÃO


EDUCAÇÃO NA MÍDIA

11 de março de 2011
OPINIÃO: SALAS SEM LIMITES, ENSINO LIMITADO
''Turmas maiores não só prejudicam a qualidade do ensino como também trazem prejuízos à saúde dos professores e exigem maior carga horária de atividades extraclasse'', afirma Iêda Leal

A lei que acaba com o limite de estudantes por sala de aula no ensino médio da rede particular em Goiás, promulgada pela Assembleia Legislativa sem nenhuma discussão com a sociedade, acende uma luz amarela no ensino público. Afinal, o projeto foi proposto pelo atual secretário estadual de Educação, Thiago Peixoto, que, na época, ainda era deputado estadual.

O secretário disse que não acabou com o limite também na rede estadual de ensino porque o Estado não conseguiu "garantir essa mesma situação na rede pública", sem explicar que "situação" é essa.

A relação estudante/professor é prevista na Lei de Diretrizes Básicas da Educação (Lei 9.304/96), que confere às autoridades o dever de "alcançar uma relação adequada". O artigo 34 da LDB estadual diz que essa relação é de 40 estudantes para o ensino médio.

Não é um número mágico, tirado do nada. Levou-se em conta, além dos aspectos estruturais e físicos, a qualidade do ensino e a proximidade entre estudante e professor. Em uma sala superlotada, como o professor pode esclarecer todas as dúvidas e conferir o desempenho de cada estudante, principalmente dos que necessitam de maior dedicação?

Os argumentos em favor da lei são mercadológicos. Não há sequer um argumento de cunho pedagógico que defenda o fim do limite. Donos de Escolas ameaçam com aumento na mensalidade se persistir o limite de estudantes por turma.

Escolas com turmas menores proporcionam atenção mais individualizada aos estudantes e maior acesso aos recursos educacionais. Isso leva a uma assistência apropriada para que todos os estudantes estejam no mesmo nível de aprendizado. Permite também que o estudante tenha mais tempo para se manifestar e menos interrupções.

Turmas maiores não só prejudicam a qualidade do ensino como também trazem prejuízos à saúde dos professores e exigem maior carga horária de atividades extraclasse, cuja obrigatoriedade foi extinta pela mesma lei no caso das Escolas particulares. Ou seja, osprofessores terão menos tempo para preparar aulas e provas para uma quantidade ainda maior de estudantes por sala. A proposta foi apresentada pelo atual secretário estadual de Educação.

Ensino Médio não é cursinho pré-vestibular. Professor dá aula e não palestra. Mais grave ainda é que a medida atropela a Constituição Federal, foi vetada pelo Conselho Estadual de Educação e mesmo assim os deputados aprovaram e promulgaram a lei. O fato de a lei já estar valendo não inibe a discussão. Nenhum mal é eterno.

* Iêda Leal é presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego)
Fonte: O Popular (GO)

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