Ibirité, 30 de
Novembro de 2004.
1- Justificativa
Este
Projeto Político Pedagógico propõe mudanças que proporcionam um trabalho
coletivo, para tornar a escola um local onde o aluno possa encontrar a
possibilidade de uma instrumentalização para realizar os seus projetos, por
isso, a qualidade do ensino tornar-se – á condição integral do mesmo.
A escola, através da
interdisciplinalidade, buscará um ensino de boa qualidade para não condenar seus alunos a sérias
dificuldades futuras na vida e, em decorrência, ver seus projetos de vida
futuros, compartimentalizado e baseado no acúmulo de informações. Buscará
insistentemente a formação do cidadão com as seguintes competências: : 1- Cognitivo:
Que tenha condições para entender o mundo contemporâneo e nele se situar como
sujeito; 2- Ético: Capaz de responsabilizar-se pelos seus deveres e
obrigações sociais, segundo um código de conduta livre, consciente e
autonomamente assumido; 3- Comunicativo: Capaz de elaborar e
emitir opiniões próprias, bem como alterar seus pontos de vista, se necessário,
estabelecendo dialogicamente bases de entendimento com seus pares; 4- Afetivo
e sensível: Capaz de emocionar-se, de reconhecer e expressar seus
sentimentos, de interessar-se pelas coisas que o cercam, de lutar por uma
causa, de sensibilizar-se e agir em prol de um ideal, capaz de amar e de
indignar-se diante do que considere injusto ou indigno.
Este
Projeto de educação torna-se desafiador no que se refere à possibilidade de
garantir uma aprendizagem efetiva e transformadora de atitude e hábitos de
vida, buscando a participação ativa de professores, alunos e comunidade,
dando-lhes subsídios a todos os envolvidos para
identificarem os problemas existentes e se posicionarem de forma
positiva, responsável, solidária e criativa, transformando assim, atitudes e
valores existentes, dentro e fora da escola; facilitando o desenvolvimento dos
Projetos Pedagógicos, cumprindo os objetivos e metas do PDE.
Porém,
é uma proposta dinâmica e flexível, que nunca estará pronta e acaba buscando
sempre incorporar o que é peculiar à escola e à localidade.
Com
competência, coragem e dedicação, procuraremos fazer funcionar a máquina de
nossos sonhos e consequentemente, transformá-lo em realidade.
2-
Objetivo Geral
Promover
a melhoria da qualidade da educação, através do intercâmbio da Escola com os
interesses daqueles que buscam as mudanças sociais, para garantir a formação do
cidadão consciente, crítico e capaz de conviver na sociedade moderna que sofre
influências mundiais da cultura, da economia, da ciência e da técnica.
3-
Estrutura Organizacional da Escola
A
Escola Estadual Professora Yolanda Martins foi criada pelo decreto número
13.677 de 27/10/70, alterado pelo decreto número 23.184 de 14/11/88 e
implantação de Ensino Médio de acordo com o parecer número 102/97, publicado no
Minas Gerais. A Escola situa-se à rua Tabajara, 800, bairro Lago Azul,
município de Ibirité em
Minas Gerais.
Sua
construção foi realizada através da “CARPE”, de acordo com a arquitetura das
Escolas Pública Estaduais. Possui uma área de 5.750m2, com 1.578 m2 de construção; o
restante do terreno é utilizado para lazer e horta escolar.
Atualmente, a Escola Estadual Professora Yolanda Martins
de Ensino Fundamental e Médio, funciona com o Ensino Fundamental ( Séries
Iniciais – FASE introdutória, 1a série à 4a série e
Séries Finais – 5a série à 8a Série) e o Ensino Médio ( 1a
série à 3a série).
4-
Organização Pedagógica
4.1- Modalidade de Ensino – Objetivos Específicos
Tendo
em vista os fins da Educação Nacional e os objetivos grais do Ensino
Fundamental e Médio, a Escola Estadual Professora Yolanda Martins se propõe a
alcançar os seguintes objetivos:
1-
desenvolvimento da capacidade de
aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do
cálculo;
2-
a compreensão do ambiente natural e
social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se
fundamenta a sociedade:
3-
desenvolvimento da capacidade de
aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a
formação de atitudes e valores;
4-
fortalecimento dos vínculos de família,
dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a
vida social.
5-
a consolidação e o aprofundamento dos
conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
6-
a preparação básica para o trabalho e a
cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se
adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento
posteriores;
7-
aprimoramento do educando como pessoa
humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual
e do pensamento crítico;
8-
a compreensão dos fundamentos
científico-tecnológios dos processos produtivos, relacionando a teoria com a
prática, no ensino de cada disciplina.
4.2 – Proposta
Curricular
Os
currículos do Ensino Fundamental e Médio, terão uma Base Nacional comum a ser
complementada por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais
e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela, adaptadas ao
plano de atendimento aos alunos, de acordo com a competência e as diferenças
individuais de todos. Onde os conteúdos da parte diversificada deverão ser
selecionadas para o mesmo ano de escolaridade, dentro das possibilidades,
necessidades e da escola, conforme a legislação do ano vigente.
As
matérias e os conteúdos específicos de cada série serão relacionados anualmente
em quadro específico, de acordo com as normas educacionais em vigência.
Os
objetivos das matérias e conteúdos devem ajustar-se aos fins estabelecidos em
lei:
1-
Os currículos devem abranger em sua Base Nacional
Comum;
2-
Obrigatoriamente, o ensino da Língua
Portuguesa, da Matemática, Física,
Química, Biologia, Geografia, História, Educação Física, Arte, Educação
Artística e Inglês.;
3-
O ensino da Arte e Educação
Artística constituirá componente
curricular obrigatório em pelo menos 1 ( um) ano de escolaridade no Ensino
Médio e Fundamental respectivamente e deverá promover o desenvolvimento
cultural e artístico dos alunos;
4-
O Ensino da História do Brasil e Geral,
levará em conta as contribuições das diferenças
culturais e étnicas para a formação do povo brasileiro, inclusive o
estudo da história da cultura Afro – Brasileira;
5-
A parte diversificada, terá a inclusão
obrigatória do Ensino de uma Língua Estrangeira Moderna – Inglês para todos
níveis e Sociologia e Filosofia para o Ensino Médio sendo que, a sociologia
será ministrada na 2a série e
a filosofia na 3a série.
Na
elaboração do currículo, a escola deverá estabelecer como ponto de partida as
ações pedagógicas:
1-
Princípios éticos, de solidariedade,
responsabilidade e respeito ao bem comum;
2-
Princípios políticos dos direitos e
deveres da cidadania, do exercício da criatividade e do respeito à ordem
democrática;
3-
Princípios estéticos da sensibilidade,
da criatividade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais.
Os componentes curriculares do Ensino
Fundamental deverão ter como diretrizes:
1- Difusão de valores fundamentais do
interesse social dos direitos e deveres do cidadão, do respeito ao bem comum e
‘a ordem democrática;
2- Consideração das condições de escolaridade
e competência dos alunos;
3- Orientação para o trabalho;
4-
Prática de atividades desportivas e de
lazer educacional e não formais.
É
de competência do Conselho de Classe apresentar ao Colegiado da Escola, ao
final de cada ano letivo, os currículos diversificados para cada ano de
escolaridade a serem desenvolvidos.
Na
elaboração dos currículos diversificados devem ser observados os seguintes
procedimentos :
1-
ênfase nos conteúdos nos quais foram
identificados as dificuldades dos alunos;
2-
Do total de módulos semanais
estabelecidos de um mínimo, em cada conteúdo, conforme e legislação vigente;
O
currículo do Ensino Médio da Escola Estadual Professora Yolanda Martins, terá a
base nacional comum, que incluirá obrigatoriamente os seguintes conteúdos
disciplinares:
·
Na área de linguagens, códigos e suas
tecnologias: Língua Portuguesa, Arte e Educação Física;
·
Na área de Ciências da natureza e suas
tecnologias: Matemática, Química, Física e Biologia;
·
Na área de Ciências Humanas e suas
Tecnologias: História, Geografia, Sociologia e Filosofia.
No
desenvolvimento curricular, os conteúdos disciplinares, serão assumidos como
meio para a formação do aluno, nas competências gerais e específicas
necessárias ‘a inserção social digna e
responsável.
Os
programas ( PCN´s) deverão refletir a
concepção do educando e de sociedade de forma a organizar o trabalho na escola,
a postura dos educadores e a metodologia do trabalho. Deverá expressar a
construção social do conhecimento e propor uma sistematização de meio para que
esta construção se efetive.
Caberá
ao professor posicionar-se de maneira responsável e construtiva na sala de
aula, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões
coletivas.
O
professor deverá utilizar-se de diferentes linguagens ( verbal, matemática,
gráfica, plástica e corporal) como meio para produzir, expressar e comunicar
idéias, e assim produzir conhecimento.
4.3- Verificação do Desempenho Escolar
4.3.1 – Processos Avaliativos
A avaliação, compatível com o princípio da
Progressão Continuada, no Ciclo Inicial de
Alfabetização é diagnóstica e reguladora do processo ensino –
aprendizagem, permitindo a implementação da ação educativa com base nas
necessidades de aprendizagem dos alunos.
No Ciclo Inicial de
Alfabetização, a partir dos resultados da avaliação contínua, poderão ser
organizados reagrupamentos dinâmicos para atendimento dos alunos com
necessidades específicas de aprendizagem:
I.
reagrupamento dos alunos na própria
classe, em determinado horário, tendo em vista a realização de um trabalho
independente pela maioria da turma, enquanto o professor trabalha junto a um
grupo;
II.
reagrupamento dos alunos, em
determinados dias/horários previamente combinados e envolvendo várias turmas,
para o desenvolvimento de atividades diferenciadas, cada professor atendendo a
uma necessidade;
III.
reagrupamento de alunos para o
atendimento em tempo integral, a partir de planejamento específico da escola;
IV.
atendimento dos alunos em suas
necessidades específicas por meio de voluntários da comunidade ou de parcerias;
V.
outras possibilidades criadas pela
escola.
No Ciclo Inicial de Alfabetização, os
registros relativos ao processo de aprendizagem e os meios de informação aos
pais sobre o desenvolvimento dos alunos, serão instrumentos de natureza mais
qualitativa:
I.
fichas descritivas;
II.
relatórios individuais;
III.
cadernos ou diários de campo;
IV.
portfólios;
V.
agenda do aluno;
VI.
caderno da turma e outros.
Ao final de cada
ano, no ciclo, haverá uma avaliação global do desenvolvimento dos alunos,
envolvendo todos os objetivos previstos para o período.
A avaliação final global subsidiará o planejamento
da continuidade dos trabalhos no ano seguinte.
A
avaliação final global será utilizada para a elaboração de uma síntese dos
progressos individuais alcançados para comunicação aos pais e alunos.
Ao
final de cada ano, no ciclo, os pais receberão informações objetivas e em
linguagem acessível sobre o progresso de seus filhos:
I.
aspectos que venceram muito bem ,
II.
aspectos que ainda estão em
desenvolvimento,
III.
aspectos em que apresentam
dificuldades.
Nos
anos iniciais e nas séries finais do
Ensino Fundamental e no Ensino Médio a avaliação será:
I.
contínua e processual;
II.
dinâmica e participativa;
III.
diagnóstica e investigadora.
Os instrumentos e situações de
avaliação serão os mais variados: escritos, orais, trabalhos, provas, pesquisas
individuais, em dupla ou em grupos e todas as atividades de ensino.
Nas
séries finais do Ensino Fundamental e no
Ensino Médio o resultado das avaliações serão expressos em notas.
O acompanhamento da vida escolar do
aluno deve ter, pelo menos, 3 (Três) registros por ano letivo.
Os
alunos do Ensino Fundamental e Médio,
poderão obter durante o ano letivo 100 ( cem) pontos assim distribuídos:
1a
Etapa avaliativa – 30 ( trinta pontos)
2a
Etapa avaliativa - 30 ( trinta pontos)
3a
Etapa avaliativa - 40 ( quarenta pontos)
4.3.2 - A Promoção e
Progressão Parcial
É exigida a freqüência mínima de 75%
(setenta e cinco por cento) do total de horas letivas para aprovação.
No
caso de freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) ao final do
período letivo a Escola poderá usar o recurso da reclassificação, para
posicioná-lo na série, etapa, ciclo ou período letivo seguinte.
Nos
anos iniciais do Ensino Fundamental será adotada a progressão continuada.
A
progressão parcial será adotada nos quatro anos finais do ensino fundamental e
no ensino médio.
Poderá
beneficiar-se da progressão parcial o aluno que não apresentar o desempenho
mínimo em até duas disciplinas.
Ficará retido na série em curso o
aluno que não apresentar o desempenho mínimo em três ou mais disciplinas,
incluindo-se nesse cômputo as disciplinas da série em que se encontra e aquelas
em regime de progressão parcial.
Para efeito da definição da retenção
do aluno, cada disciplina deve ser computada apenas uma vez – independente das
séries em que incidir – tendo em vista que a recuperação deve ser planejada
considerando as aprendizagens fundamentais de cada área e as necessidades
básicas de desenvolvimento do aluno.
O aluno concluirá o nível de ensino
somente quando obtiver a aprovação nas disciplinas em que se encontrar em
regime de progressão parcial.
Os
alunos que não apresentarem desempenho satisfatório nas disciplinas cursadas na
8a série do ensino fundamental e na 3a série do ensino
médio, deverão cursar novamente estas séries em questão, uma vez que na lei
9394/96 não figura matrícula por disciplina.
4.3.2.1
- A progressão parcial será oferecida como:
I.
estudos orientados ao longo do primeiro
semestre do ano letivo subseqüente, para os alunos em regime de progressão
parcial, podendo os mesmos serem liberados do processo tão logo se verifique o domínio das
aprendizagens consideradas básicas
II.
estudo independente, no segundo
semestre do ano letivo em curso, para os alunos em regime de progressão parcial
que não obtiveram resultados satisfatórios nos estudos previstos no inciso IV,
devendo os mesmos ser avaliados ao final do ano letivo, em data previamente
definida pela escola;
4.3.3 - A Recuperação
A
Escola deverá oferecer, obrigatoriamente, estudos de recuperação paralelos ao
período letivo.
A Escola
deve organizar diferentes estratégias para ampliar as oportunidades de
aprendizagem e de avaliação dos alunos, oferecendo no decorrer do ano letivo e
após os mesmos:
I.
estudos orientados a partir de
atividades especificamente programadas para o atendimento de alunos ou grupos
de alunos que demonstrarem dificuldades ao longo do processo de aprendizagem;
II.
estudos orientados presenciais,
imediatamente após o encerramento do ano letivo, para os alunos que não
apresentaram domínio suficiente das aprendizagens básicas previstas para
o período;
III.
estudo independente a ser realizado no
período de férias escolares, com avaliação prevista para a semana anterior ao
início do ano letivo subseqüente, quando as estratégias mencionadas nos incisos
I e II não forem suficientes para atender as necessidades mínimas de
aprendizagem do aluno.
Os
Estudos de Recuperação serão alvo de reavaliação e os registros escolares serão
modificados sempre que for detectado uma superação dos resultados anteriores.
4.3.4 – A Freqüência
Será
obrigatória a freqüência a todas as atividades escolares e o comparecimento do
aluno computado para fins de promoção.
Parágrafo
Único: A freqüência às aulas de Educação Religiosa será facultativa.
Para
fins de aprovação, o aluno está obrigado a participar em pelo menos 75% do
total da carga horária prevista.
Parágrafo
Único: No caso de freqüência inferior a 75% ao final do período letivo e
desempenho satisfatório do aluno a escola poderá usar o recurso de
reclassificação para posicionar o aluno na série, no Ciclo ou etapa no período
letivo seguinte.
Será
considerado evadido o aluno que, sem justificativa permanecer faltoso por
período igual ou superior a 25% (vinte e cinco porcento) dos dias letivos
anuais, computados consecutivamente ou não.
Parágrafo
Único: Deverá ser garantida vaga ao aluno evadido que retornar à Escola, se
houver vaga.
O
controle da freqüência é de responsabilidade do professor e tem por objetivo o
registro da presença do aluno nas atividades escolares programadas.
A Escola deve adotar providências internas
capazes de estimular a freqüência dos alunos.
A Escola no
cumprimento de sua função social deve informar aos pais, ao Ministério Público
e aos Conselhos Tutelares, quanto aos casos de alunos infreqüentes.
4.3.5 – A Classificação
e Reclassificação
A escola poderá reclassificar os alunos inclusive quando se
tratar de transferência entre estabelecimentos situados no país e no exterior,
tendo como base as normas curriculares gerais:
A
reclassificação poderá ocorrer:
I
– Avanço.
II
– Por aceleração.
III
– Por transferência.
O
aluno recebido em transferência de escola situado no país ou no exterior,
considerando o documento apresentado, poderá ser submetido a avaliação de
reclassificação, a critério da Direção, com o propósito de reposicioná-lo em
período, série / ano mais adequado ao seu desenvolvimento e experiência.
Após
o término de cada período letivo, o aluno
com freqüência global inferior à exigida em lei, poderá ser submetido a
avaliação de reclassificação.
A Escola poderá classificar o aluno em qualquer
série ou ciclo, exceto a 1ª série/ano do Ensino Fundamental:
I
– Por promoção;
II
– Por avaliação, independente da escolarização anterior
O
candidato sem escolaridade anterior se submeterá a uma avaliação de
classificação que definirá o seu grau de desenvolvimento e experiência,
permitindo sua matrícula em uma das séries / ano do Ensino Fundamental e no
Ensino Médio
A verificação de aprendizado através das
avaliações previstas nos artigos anteriores será realizada por uma comissão de
classificação e reclassificação formada por professores e especialistas
presidida pelo Diretor da escola.
I -
Dos 100 (cem) pontos distribuídos, o
candidato ou aluno deverá obter, no mínimo, 60% em cada disciplina.
II -
As avaliações versarão sobre os
conteúdos referentes ao nível imediatamente inferior ao do período pretendido.
III -
Dependendo do resultado obtido o
candidato será matriculado no período ou série correspondente ao seu preparo.
IV -
Os estudos realizados com êxito, na
própria escola ou em outros estabelecimento de ensino serão considerados.
V -
A elaboração das avaliações ficará a
cargo de uma banca de professores especialmente designadas para tal, presidida
pela direção da escola.
VI -
Atas, provas e outros trabalhos que
venham a ser exigidos ficarão arquivados na pasta de cada aluno na escola.
VII -
Por ocasião de sua transferência ou
conclusão do curso, deverá constar no histórico escolar do aluno, a informação
sobre o processo de classificação ou reclassificação a que ele possa ter sido
submetido pela escola.
VIII -
Os documentos que fundamentam a
classificação ou a reclassificação serão arquivadas na pasta individual do
aluno.
4.4- Transferência
-A
transferência de um estabelecimento para outro será obtida pelo interessado, em
qualquer época mediante requerimento, à diretoria, devendo o mesmo ser
subscrito pelo aluno, (quando maior) ou seu responsável (quando menor).
A
transferência do aluno do Ensino Fundamental far-se-á mediante o preenchimento
da ficha individual, caracterizando o seu desempenho no processo ensino
aprendizagem pela Base Nacional Comum.
A
transferência far-se-á pela Base Nacional Comum, podendo ser aceita pelo
estabelecimento, desde que haja vaga, salvo os casos previstos em lei.
Ao
aluno transferido será concedido o prazo máximo de 30 (trinta) dias para que
satisfaça as exigências legais relativas à documentação.
A
documentação necessária para a transferência é a seguinte:
1.
Histórico Escolar;
2.
Ficha Individual descritiva.
Caberá
à direção solucionar os casos de transferência, promovendo o ajustamento
pedagógico, necessário à adaptação do aluno na Escola.
Os
alunos transferidos de outros Estabelecimentos deverão ingressar no Ciclo
conforme a faixa etária e mediante a adaptação dos Conteúdos Curriculares.
5-
Organização do Ano Escolar
5.1- O Calendário
Escolar.
O
Calendário Escolar terá por finalidade a previsão dos dias e períodos
destinados à realização das atividades curriculares do estabelecimento.
O
Calendário Escolar será elaborado pelos profissionais da Unidade Escolar e
discutido e aprovado pelo Colegiado, cabendo ao Inspetor Escolar supervisionar
o cumprimento das atividades nele previstas.
As
aulas previstas no Calendário Escolar podem ser suspensas somente em
decorrência de situação que justifique tal medida, ficando sujeitas à
compensação do dia letivo e da carga horária correspondente e comunicação
imediata à Secretaria de Estado da Educação.
No
Calendário Escolar devem ser previstos:
I.
Os dias letivos e a carga horária
prevista nas legislações do sistema;
II.
30 dias de férias consecutivas e 30
dias de férias alternadas do pessoal do magistério.
III.
dias escolares.
Garantidos
os 204 (duzentos e quatro) dias letivos, os 60 (sessenta) dias de férias,
feriados, os dias úteis que ainda restarem do ano civil deverão ser previstos
como dias escolares.
Considera-se dia letivo a atividade escolar incluída na
proposta pedagógica da instituição, com freqüência exigível e efetiva
orientação por professores habilitados, podendo ocorrer na sala de aula ou
outros locais adequados a trabalhos teóricos e práticos, a leituras, pesquisas
ou atividades em grupo, treinamento e demonstrações, contato com o meio
ambiente e com as demais atividades humanas de natureza cultural e artística,
visando à plenitude da formação do aluno.
A
utilização dos dias escolares obedecerá as orientações da SEE/MG
5.2- A matrícula
A matrícula será feita observando-se as exigências legais vigentes.
Serão
admitidos à matrícula na Fase Introdutória do Ciclo Inicial de Alfabetização –
Ensino Fundamental:
I.
Todos os candidatos com seis anos
completos até 30 de abril;
II.
Todos os candidatos que completam sete
anos até 31 de dezembro do ano de ingresso na escola;
III.
Todos os candidatos maiores de sete
anos que não tiveram acesso a este nível de ensino em idade própria;
IV.
Será aceita a matrícula de alunos
egressos de outras escolas, desde que preencham as exigências legais.
Em
nenhuma hipótese, será negada a matrícula por motivo de raça, sexo, condição
social, convicção política, crença religiosa, ser o candidato portador de deficiência,
ou se encontrar em defasagem de idade com relação ao ano/série.
No
ato da matrícula, o aluno maior de dezoito anos, ou seu responsável, se menor
de idade, deve declarar que conhece e aceitar as normas regimentais, optando
ainda, se for o caso, pela freqüência às aulas de Educação Religiosa e de Ed.
Física, se aluno do turno noturno.
Terá
sua matrícula cancelada o aluno que sem justificativa, não comparecer à Escola
até o 20º (vigésimo) dia letivo consecutivo, após o início das aulas, ou a
contar da data de efetivação da matrícula, se esta ocorrer durante o ano
letivo.
Parágrafo
Único: Antes de efetuar o cancelamento da matrícula nos termos deste artigo, a
direção da escola deverá tomar as providências cabíveis ao cumprimento da
obrigatoriedade da freqüência escolar.
A
permanência do aluno na escola no ano subsequente é de direito, devendo porém
ser confirmada no final do ano letivo, por seus pais ou responsáveis, se menor
de idade.
A
matrícula não será aceita ou poderá ser cancelada em qualquer época do ano
letivo, por iniciativa da direção do estabelecimento ou do responsável pelo
aluno, quando:
I.
For obtida por documentação falsa ou
decorrente de comprovada má fé.
A
diretoria do estabelecimento deverá planejar as medidas para atender à demanda escolar,
bem como incentivar a matrícula e a freqüência dos alunos.
Para
a primeira matrícula do aluno, na Escola, exigir-se-á a Certidão de Registro
Civil, 2 (dois) retratos 3x4 e o comprovante de cadastramento quando for o
caso.
I.
Para renovação da matrícula nenhum
documento será exigido.
II.
Será pedida uma contribuição às
famílias no ato da renovação da matrícula em forma de papel de ofício, papel
hectográfico, álcool e alimento não perecível para a campanha anual de combate
a fome “Yolanda por um Natal mais quente e farto”.
5.3 - Material Didático
A
seleção dos livros e outros materiais didáticos deverá ser feita por
professores e especialistas da Escola, de acordo com os dispositivos legais e
considerando:
I.
As finalidades do Ensino Fundamental e
Médio.
II.
O processo didático adotado.
III.
A busca de alternativas pedagógicas que
complementem a utilização do livro didático.
IV.
A utilização preferencial de material
permanente.
Os
professores e especialistas da Escola decidirão anualmente sobre a organização
da lista de material didático a ser solicitado ao aluno, com anuência do Colegiado Escolar.
A
Caixa escolar buscará alternativa que viabilizem a aquisição e distribuição de
material didático de forma a assegurar aos alunos as condições necessárias ao
desenvolvimento do processo ensino aprendizagem.
A
direção da Escola deverá facilitar o acesso do aluno ao material didático
através do funcionamento da Biblioteca Escolar.
6-
Capacitação do pessoal docente e
administrativo.
A E. E. Professora Yolanda Martins estimulará a participação do pessoal docente,
especialista da educação e administrativo em programações do estabelecimento
e/ou em cursos e outras atividades proporcionadas pelos órgãos do sistema.
7-
Anexo
Proposta de Gestão Democrática,
atividades, projetos culturais e de lazer
apresentada ‘a comunidade escolar pela nova Direção, amplamente aceita e pratica durante o ano de
2004.
Escola Estadual Professora Yolanda Martins de Ensino
Fundamental e Médio
Processo de indicação para o cargo de diretor e vice -
diretor das escolas estaduais de Minas Gerais
Plano de Ação
Equipe diretiva
Professor José Geraldo de Moraes
Professora
Simone Dias Reis
Professora
Márcia Dias de Souza
Ibirité,
04 de Janeiro de 2004
Sumário
Perfil dos Candidatos
|
03
|
Justificativa
|
05
|
Capítulo I
|
06
|
Capítulo II
|
28
|
Capítulo III
|
56
|
Capítulo IV
|
58
|
Capítulo V
|
59
|
Capítulo VI
|
60
|
Capítulo VII
|
61
|
Considerações Finais
|
62
|
Bibliografia
|
63
|
“A escola forma não só o núcleo básico do
desenvolvimento cognitivo, mas também o núcleo básico da personalidade”
( Juan
Carlos Tedesco)
Perfil da equipe diretiva
Professor José Geraldo de Moraes
Ainda criança veio de sua cidade
natal, Piracema, para Ibirité. Aqui cursou a escola infantil na ACORDA, a 1a
série no antigo Caio Martins e a partir da 2a Série, foi transferido
para a escola recém inaugurada E. E. Profa. Yolanda Martins . Nesta escola,
completou o ensino fundamental e foi transferido para a Escola Sandoval Soares de Azevedo onde
cursou o Curso Técnico em Contabilidade. Trabalhou como estagiário na Caixa
Econômica Federal. Foi aprovado no vestibular da Universidade Federal de Minas
Gerais em 1996 onde graduou-se, em 2001, em Licenciatura Plena
em Geografia pelo instituto de Geociências da UFMG. Hoje está concluindo o
curso de Bacharelado em Geografia nesta mesma instituição.
Retornou a Escola Estadual
Professora Yolanda Martins como servidor da Secretaria, ajudou a
informatizá-la. Em 1998 começou a lecionar nesta mesma escola, em 2001 lecionou
na Escola Estadual Pedro Evangelista Diniz
e na Escola Sandoval Soares de Azevedo . Aprovado em concurso público,
em 2002 tomou posse para os cargos P3A e P5A na E.E. Profa. Yolanda Martins,
onde até hoje busca aprimorar sua prática pedagógica com inúmeros projetos
como: “Caminhos de Ibirité”, “Minas Vale Ouro”, “Eleições na Escola”, entre
outros, além de ser colaborador em de diversos outros projetos como: a
“Campanha da Merenda”, “Campanha de arrecadação de Brinquedos para o dia das
crianças”, Campanha de Natal, etc. . Foi o precursor da prática de trabalho de
campo na escola, realizando em média sete a oito trabalhos todos os anos, com
todas as turmas, em várias cidades de Minas Gerais. É sócio - fundador da ONG -
JUMEC ( Jovens Unidos no Movimento Ecológico Cristão), é Ministro da Eucaristia
e participa de diversos movimentos jovens na comunidade. Se identifica com a E.
E. Profa. Yolanda Martins pois aqui estudou grande parte de sua vida, faz parte
da comunidade vizinha, e aqui vem
aprimorando, a cada dia, a carreira que
abraçou.
Professora Simone Dias Reis
Formada em Letras pelo Centro
Universitário Newton Paiva, lecionou em várias escolas entre elas a Escola
Estadual Vinícius de Moraes em Contagem, na
Escola Estadual Dom Orione em Contagem, aprovada no concurso público
realizado em 2001 veio, em 2002,
trabalha na Escola Estadual Professora Yolanda Martins. Elaborou inúmeros projetos de sucesso como “Internet em sala de
aula” em parceria com o Unicentro Newtom
Paiva; projeto de “Produção de Texto”;
projeto de “Cinema em sala de aula”, e mais recentemente o projeto “Heal
the word”.
Professora Márcia Dias de Souza
Formada
em Letras pela UNI - BH, lecionou em inúmeras escola entre elas: Escola
Estadual Parque Elizabeth, na Escola Estadual João Antônio Siqueira, na Escola
Estadual dos Palmares entre outras.
Aprovada no concurso público de 2001 veio, em 2002, começou a lecionar na Escola Estadual
professora Yolanda Marins onde participou de inúmeros projetos como o da
arrecadação de alimentos para a merenda do noturno e o projeto de luta pela paz.
Justificativa
Este plano de ação nasceu da união
de três educadores preocupados com os rumos da educação em nossa escola. Escola
que aprendemos a amar e dedicar-se plenamente. Há algum tempo verificamos a
deterioração da aprendizagem, a falta de interesse por uma considerável parte
do corpo discente, o acirramento das relações profissionais, o aumento das
agressões e ameaças e o grande número de
transferência de alunos que migram para escolas mais distantes. Não queremos
encontrar culpados para os problemas da escola mais sim, propor ações concretas
e possíveis, para amenizá-los. Sabemos da importância da escola para a
comunidade local. Conhecemos nossos alunos, sabemos das suas capacidades,
competências, angustias e demandas. Esperamos que através deste conjunto de
ações possamos criar um ambiente onde surjam oportunidades favoráveis ao educando, para o seu pleno desenvolvimento cognitivo, físico, mental, comportamental e
aflorando assim, o que de melhor
existe no ser humano possui.
Capítulo I -
Levantamento Teórico
1- A gestão participativa
A gestão escolar participativa é
entendida como uma forma regular e significante de envolvimento de professores
e demais funcionários, especialistas, pais , alunos e diretores de uma
organização no seu processo decisório. Em organizações democraticamente
administradas, inclusive escolas, os funcionários são envolvidos no
estabelecimento de objetivos, na solução de problemas, na tomada de decisões,
no estabelecimento e manutenção de padrões de desempenho e na garantia de que
sua organização está atendendo adequadamente às necessidades do cliente. Ao se
referir a escolas e sistema de ensino, o conceito de gestão participativa envolve , além de professores e
outros funcionários, os pais, os alunos e qualquer representante da comunidade
que esteja interessado na escola e na melhoria do processo pedagógico.
A participação na comunidade escolar
é parte do esforço que promove o afastamento das tradições corporativas e
clientelistas, prejudiciais à melhoria do ensino por visarem ao atendimento a
interesses pessoais e de grupos.
Tem sido, desde 1980, uma tendência
mundial a ênfase ao modelo de gestão escolar democrática, para aprimorar a
qualidade educacional. O Brasil está sendo coerente com esta tendência quando
envolve a comunidade escola na seleção do diretor da escola, implanta concelhos
e colegiados escolares, grêmios estudantis, concelho de classes, associações de
pais e mestres e conselho de funcionários e transfere parte do poder decisório
e de controle de recursos financeiros.
Entende-se gestão como participação,
isto é, trabalho associado de pessoas analisando situações, decidindo sobre seu
encaminhamento e agindo sobre elas em conjunto, é importante lembrar que cada
pessoa tem um poder de influência sobre
o contexto do qual faz parte e sua resultante é a vontade de compreender,
decidir e agir em questões que lhe são afetas.
Cabe aos dirigentes escolares
promover a criação e a sustentação de um ambiente propício à participação plena de todos os profissionais, alunos e
pais, no processo social escolar.
Em relação à gestão escolar, três
tendências estão emergindo:
1-
A
importância sobre a eficácia escolar que é resultado da qualidade escolar como
um todo . Escola eficaz é aquela que
possui uma gestão democrática e que consegue atrair às pessoas para o
trabalho;
2-
O
papel de liderança do diretor que deve agir como um líder pedagógico;
3-
A
autonomia da escola no processo de gestão sustentando pelo consenso sobre os
valores e metas que tornam as relações auto - sustentáveis.
Assim, uma escola participativa é
capaz de afetar a qualidade escolar. E a
participação requer um programa de atividades que incluem:
1-
Redigir
um código de calores que represente o comprometimento de todos da escola; (
possuir uma orientação de princípios)
2-
Construir
o comprometimento pessoal da cúpula; ( Liderança comprometida)
3-
Promover
a capacitação em serviço de professores e pais; ( facilitar a inserção em
cursos e palestras)
4-
Fazer
circular a informação de cima para baixo na organização; ( facilitar a
comunicação com consultas e trocas de idéias)
5-
Envolver
a todos no processo de planejamento. ( envolvimento com “fé” e compromisso)
2-
A motivação da equipe escolar promovida pela liderança
As escolas atuais necessitam de
líderes capazes de trabalhar e facilitar a resolução de problemas em grupo,
capazes de trabalhar junto com professores e colegas, ajudando-os a identificar
suas necessidades e adquirir as habilidades necessárias, serem capazes de
ouvir, delegar e dividir o poder.
Liderança é a dedicação, a visão, os
valores e a integridade que inspira os outros a trabalharem conjuntamente para
atingirem metas coletivas. Este novo estilo de liderança participativa enfatiza
a participação, a delegação e a confiança, bem como a comunicação e a assunção
de riscos.
Os líderes altamente produtivos são
aqueles cuja abordagem é primordialmente “ centrada nos funcionários” e “não “ centrada nas tarefas”, com prevalência
do aspecto humano. Devem ser também uma
imagem da escola no futuro para poder
formar uma base para novas realizações, com mobilização de ação
convergente para a sua efetivação.
O líder dever desenvolver um
ambiente de confiança, que é o cimente que mantém uma organização unida e um
processo de comunicação eficaz é a base para a criação da confiança e da
interação entre o líder e liderados.
É preciso também construir
lideranças em equipes pois, ao delegar papéis de lideranças em equipes menores,
permite-se ao diretor concentrar a sua atenção nas áreas onde tem uma vantagem
competitiva mas forte. Exemplos: Líderes pedagógicos, coordenadores dos
horários de aulas, líderes e equipes de desenvolvimento. É o papel de “técnico” e “torcedor” exercido pelo diretor.
O diretor eficaz também trabalha
para desenvolver equipes co -
responsáveis que se assenta sobre três fundamentos:
a)
a
criação de uma equipe com responsabilidade compartilhada;
b)
o
desenvolvimento contínuo das habilidades pessoais;
c)
a
construção e a determinação de uma visão de conjunto.
O diretor deve se perguntar
constantemente:
Como cada problema pode ser resolvido de modo que permita o
desenvolvimento das capacidades e comprometimento dos meus companheiros de
trabalho?
A motivação também é o empurrão ou a
alavanca que estimula as pessoas a
agirem, a ser superarem. Ela funciona em três âmbitos: o indivíduo, o grupo de
trabalho, a organização como um todo. Uma participação significativa atrai o
comprometimento. Senso de agremiação e sensação de pertencimento são
características de pessoas orientadas para o desenvolvimento profissional.
Também , a visibilidade profissional é positiva, considerando -se o
reconhecimento profissional pelos outros.
Um
líder eficaz é aquele:
1-
emprega
variadas habilidades de liderança;
2-
define
objetivos claros como fontes de motivação;
3-
expressa
grau de confiança;
4-
desafia
pressuposições, reavaliando preconceitos;
5-
utiliza
o estilo de administração participativa.
Portanto,
os aspectos da liderança participativa resume-se em:
1-
apoio
2-
ênfase
no objetivo
3-
facilitação
do trabalho
4-
facilitação
das relações
3-
Soluções de problemas e o processo decisório na escola
A
gestão consiste de duas funções básicas:
1-
funções
seqüenciais de planejamento, pessoal,
organização e controle;
2-
funções
contínuas de solução de problemas e a tomada de decisões.
Gestões eficazes são aquelas que são
competentes em ambas as áreas: são pensadores flexíveis que vêem problemas como
oportunidades e conseguem tomar decisões com facilidade.
Se a busca de soluções é para uma
tarefa seu foco é a definição de tarefas a serem desenvolvidas e não seu
processo de atuação. Se a busca de solução é relacionada com pessoas, o
processo de decisão é a indicação entre a opinião de pessoas e com o grupo de
ação. A liderança portanto deve ser
situacional, ou seja, de acordo com o momento exigido.
Etapas
na solução de problemas que deve envolver
toda a escola:
1-
Visão
preliminar = ( a) consciência do problema, b) diagnóstico, c) definição.
2-
Solução
do problema = a) geração de
alternativas, b) teste de alternativas, c) escolha de alternativas.
3-
Plano
de ação = a) desenvolvimento , b) comunicação do plano, c) implantação
4-
Retroalimentação
= a) acompanhamento, b) avaliação
4-
O processo de gestão o desenvolvimento profissional na
escola
São alguns aspectos importantes que
fazem parte do movimento de mudança de paradigmas na gestão escola:
a)
da
ótica fragmentada e dicotomizadora a globalização;
b)
da
limitação do âmbito de responsabilidade para a sua expansão;
c)
da
ação episódica para o processo contínuo;
d)
da
hierarquização e burocratização para a coordenação;
e)
da
ação individualista a coletiva.
Há a necessidade de desenvolvimento
profissional tanto de professores como de funcionários. Que sejam implantados
programas de capacitação básica baseada na própria escola , descentralizando o
processo decisório, pois desenvolvendo as pessoas, desenvolvemos a escola.
Tanto professor como gestores devem
ser envolvidos na concepção de programas de desenvolvimento de pessoal, com
cursos, oficinas e capacitação em serviço. Na própria escola, com o monitoramento e
a capacitação são iniciativas eficazes e se baseiam em cinco elementos - chave
de uma abordagem participativa de desenvolvimento pessoal:
1-
consultar
o pessoal o que consideram necessário para promover o seu próprio crescimento e
aprimorar o seu desempenho.
2-
retribuir
ou reconhecer o tempo dedicado à participação em atividades de desenvolvimento
de pessoal.
3-
utilizar
os quatro princípios de programas de capacitação eficazes (envolvimento, planejamento,
aplicação e feedblack);
4-
certificar-se
de que o diretor da escola está presente e participa de todos os programas
realizados em serviço.
5-
acompanhar
a utilidade de cada atividade de desenvolvimento, após a realização da mesma.
Importante também é a avaliação de
desempenho de todos os componentes das equipes da escola. Este deve ter
critérios bem definidos e coerentes com as práticas vivenciadas, deve ser
contínuo e de natureza pedagógica, voltado para a melhoria continua do
desempenho profissional coletivamente organizado, e fundamental é que todos
compartilhem das intenções de seus objetivos.
O governo do Estado de Minas Gerais
instituiu a partir de 2003 o projeto de avaliação de desempenho, observando os
critérios de 1 - qualidade, 2- produtividade, 3- iniciativa, 4 - presteza, 5-
aproveitamento em programas de capacitação, 6- assiduidade, 7- pontualidade, 8-
administração do tempo, 9- uso adequado
de equipamento e instalações de serviços, 10- aproveitamento dos
recursos e racionalização de processos de trabalho e por fim, 11- capacidade de
desenvolver trabalhos em
equipe. Quem conseguir
conceito insatisfatório poderá perder o cargo.
É um projeto polêmico que pode gerar
desconfiança e apreensão, e também a pergunta :
quem possui a qualificação para avaliar? Nada esta definido, mas o
papel e o perfil dos avaliadores tem que ser conhecido. Avaliadores de desempenho são todas as pessoas que,
direta ou indiretamente, possam estar envolvidas na atividade de detectar
diferenças individuais de comportamento em situações de trabalho.
A avaliação de desempenho acontece
numa relação de troca, de intercâmbio, e se distribui por toda uma equipe de
pessoas que abrange desde o próprio avaliado até aqueles que têm poder de
decisão dentro da organização escolar.
Sejam quais forem os elementos que
estejam envolvidos nos procedimentos de avaliação, deve-se antes de tudo ter em
mente que quem faz avaliação são pessoas
e, como tal, podem cometer determinados enganos, apesar de sua natural
predisposição em desincumbir-se da melhor forma possível dessa
responsabilidade. É Normal e natural que, ao avaliar outra pessoa, uma série de
variáveis possam interferir, distorcendo o retrato fiel da realidade que se
pretende fazer.
Não entram, portanto, em cogitação
aqueles avaliadores que já apresentam predisposições negativas ou intenção prévia de servir-se da
avaliação como instrumento de suas necessidades imaturas de proteger ou
perseguir, ou como forma de extravasar suas simpatias e antipatias pessoais,
conforme interesse de ordem particular, discrepantes dos objetivos
organizacionais.
Torna-se, então, necessário entender
como as pessoas habitualmente se comportam quando estão em fazer do fato de
terem de emitir parecer sobre as outras, isto é, é preciso esta alertado sobre
como suas avaliações podem ser afetados pelo próprio mecanismo de percepção das
circunstâncias ambientais e sociais que as envolvem. Portanto, o ato de
avaliar é extremamente complexo e exige
extensa discussão por toda a comunidade escolar.
6-
Resultados possíveis com a gestão participativa na escola
A escola que adota, verdadeiramente,
a filosofia da gestão participativa e possui como verdadeiros devotos dela, a
equipe diretiva com certeza irá promover ações grantidoras do sucesso como :
·
o aluno como foco de todas as ações da
escola;
·
coordenação continua do trabalho do
docente;
·
participação assídua em todas as
reuniões pedagógicas;
·
compartilhamento dos objetivos gerais
da escola: diálogo;
·
desenvolvimento de autonomia
financeira, com a ajuda indispensável do colegiado e demais agentes gestores;
·
parceria com outras escolas, na busca
de soluções pedagógica;
·
participação da comunidade na
reelaboração do currículo e projeto pedagógico da escola;
·
formulação do CEC ( Conselho Escolar
Comunitário);
·
Efetivação da presença do Grêmio
estudantil;
·
Criação da Associação de Pais e
Mestres;
·
Criação do Conselho de Classes
·
Fortalecimento do Colegiado Escolar;
·
Criação do Conselho de Funcionários;
·
melhoria na busca da coletividade;
·
monitoramento contínuo do desempenho da
escola;
·
decisões baseadas em diagnósticos;
·
democratização do acesso e garantia de
permanência;
·
reunião pedagógicas de revisão,
preparação de material e trocas de experiências;
·
criação dos departamentos por área de
conhecimento com seus respectivos coordenadores;
·
criação de um currículo mínimo dos
conteúdos adotando assim a filosofia curricular da escola;
·
planejamento da ação pedagógica com
base me avaliação diagnostica sistemática e contínua;
·
planejamento assumido como processo
contínuo;
·
atenção à ação coletiva ;
·
ação cooperativa e empreendedora;
·
organização e planejamento das ações
pedagógicas;
·
Capacitação profissional em serviço;
·
participação integrada de educadores e
pais;
·
cooperação entre profissionais de
várias áreas;
·
quebra do sentido de especialização e
construção integrada;
·
Avaliação contínua de desempenho;
·
orientação para resultados;
·
gestão para a formação de equipes;
·
presença do professor polivalente;
·
implantação de um plano de educação
abrangente;
·
articulação entre níveis diferentes de
tomada de decisão;
·
unidade com flexibilidade e abertura à
mudança;
·
estabelecimento claro de missão,
valores e direção;
·
as pessoas e as relações humanas são
consideradas mais importantes que as
estruturas burocráticas;
·
ação local com visão global;
·
diagnóstico e mapeamento de
necessidades;
·
construção participativa de planos de
ação;
·
monitoramento de ações cotidianas;
·
preocupação com a cultura e clima
organizacional;
·
cuidado com a comunicação, como
estratégia de articulação e dinamização;
·
institucionalização de Conselhos
representativos e atuantes;
·
estabelecimento de filosofia de gestão
coordenada;
·
estímulo à participação e envolvimento
de todos no processo decisório e de implementação de ações;
·
planejamento com visão de longo
alcance;
·
ação pró - ativa para redução de
problemas;
·
estabelecimento de parcerias;
·
descentralização do processo decisório;
·
investimento concentrado na sala de
aula e seus processos;
·
avaliação do desempenho e
desenvolvimento profissional.
·
sensibilidade para as necessidades dos
usuários do sistema e dos serviços, no seus diversos âmbitos;
·
política de comunicação e informação
aberta e efetiva, com as mídias
·
Criação de jornal estudantil com ajuda
de alunos professores em forma de mural ou folhetim;
·
descentralização da tomada de decisão;
·
orientação para resultados e respectivo
monitoramento;
·
estimulação ao desenvolvimento
profissional e feedback contínuo;
·
esforço constante de aproximação dos
professores entre si;
·
processo de comunicação aberta;
·
desenvolvimento da credibilidade
pessoal e institucional;
·
cuidado com o relacionamento
interpessoal de alunos, professores e pais;
·
melhoria das instalações da escola;
·
uso otimizado dos seus recursos;
·
canalização de energia, transformando
tendências destruidoras em construtoras;
·
abertura da escola para a comunidade;
·
sensibilização e conquista dos pais
·
parceria com a comunidade
·
acompanhamento constante de progresso
dos alunos e comunicação aos pais sobre o assunto;
·
usos adequado e consciente dos recursos
pedagógicos e financeiros da escola;
·
respeito absoluto aos alunos, pais e
funcionários da escola.
7-
Gestão democrática: uma questão pedagógica
As políticas educacionais, as
propostas pedagógicas carregam em si elementos centrais que são desdobramentos de projetos políticos mais
globais, sejam conservadores ou progressistas. Naturalmente todas a concepções
fazem a defesa da qualidade do ensino. Contudo, para as visões que se
identificam com a superação das
relações autoritárias, com o rompimento
de todas as formas de opressão e dominação, qualidade e ensino tem alguns
elementos de significação que são indissociáveis, tais como: o conhecimento
como realização da cidadania; a
compreensão crítica da realidade; a natureza libertadora do processo educativo
enquanto conscientizador das práticas sociais. Para uma educação de qualidade,
isto é, para uma educação libertadora, transformadora e popular, pressupõe-se o
desenvolvimento de relações profundamente democráticas no interior da escola.
A partir deste entendimento é
possível constatar que a gestão democrática da escola tem um caráter pedagógico
tanto em relação à democratização das relações cotidianas da escola como na sua
incidência no processo global de democratização da sociedade e da constituição
da cidadania.
Gestão significativa, portanto, uma
escola que se transforma em espaço permanente de experiências e prática de
democracia. O aprendizado da democracia deverá permear todo o conjunto de
relações que se desenvolvem no seu interior, e nas relações com a comunidade.
As unidades de ensino deverão
desencadear processo de participação coletiva, produzindo exemplos concretos de
ações democráticas que ultrapassem os seus muros, tenham extensão, profundidade
e visibilidade, incidindo de forma efetiva na formação da cidadania.
Por outro lado, não haverá educação
de qualidade se o processo pedagógico não estiver enraizado, impregnado e
articulado com o real. Para trabalhar
com a realidade é preciso conhecê-la. Para conhecê-la é necessário que se assegure canais de
expressão desta realidade. Não se pode, por exemplo, falar em respeito à
vivência e experiência do educando, como ponto de partida para recriar e
produzir conhecimento, se não existe espaço para expressão desta vivência e
desta experiência. Como também não se conhecerá o contexto onde o educando
experiencia a sua vida se a escola não
abrir espaços reais de participação e expressão do cotidiano da comunidade.
Para que estes processos adquiram
concretude é necessário uma reversão das atitudes e comportamentos
verticalizados decorrentes da nossa cultura autoritária. O nosso desafio é
construir novas relações no interior da escola,
onde pais, alunos, funcionários não sejam menos executores de parcelas
das ações educativas, mas sujeitos coletivos capazes de apropriar-se da
concepção e do planejamento da escola
como um todo. É preciso separar o funcionamento compartimentado, autoritário e
excludente, onde os alunos apenas estudam, pais acompanham precariamente a vida
da escola, funcionários cumprem a rotina e professores atuam isoladamente. A
construção da democracia no interior da Escola pressupõe, portanto, o
desenvolvimento de uma cultura
democrática, gestada na positividade da polarização das diferenças, da
convergência das semelhanças, da
produção da síntese, em oposição à negatividade do verticalismo, do abafamento
de conflitos, do consenso forçado, enfim, a todos os elementos constituintes da
cultura autoritária que queremos superar.
8-
Uma abordagem participativa para a gestão escolar
O ensino público no Brasil está
experimentando transformações profundas. Reformas nacionais juntamente com
iniciativas em âmbito estadual e municipal estão alterando as práticas
pedagógicas e a historia do Brasil a questão da educação pública foi tão
evidente na mídia, na vida política e na consciência do cidadão comum. Vem-se
reconhecendo amplamente que a educação é um elemento fundamental no
desenvolvimento social e econômico e que o ensino no Brasil - especialmente
aquele oferecido pelos setores públicos - é insatisfatório diante dos
padrões internacionais, tanto na sua quantidade quanto na sua qualidade.
A democratização da gestão escola,
representa um movimento já iniciado no Brasil, há alguns anos, na tentativa de
superar procedimentos tradicionais baseados no corporativismo e no
clientelismo.
A gestão escolar participativa é
entendida como uma forma regular e significante de envolvimento dos
funcionários de uma organização no seu processo decisório. Ao se referir a
escolas e sistemas de ensino o conceito de gestão participativa envolve, os
pais, os alunos e qualquer outro representante da comunidade que esteja
interessado na escola e na melhoria do processo pedagógico. O entendimento do
conceito de gestão já pressupõe, em si, a idéia de participação, isto é, o
trabalho associado de pessoas analisando situações, decidindo sobre seu
encaminhamento e agindo sobre elas em conjunto.
O movimento em favor da
descentralização e da democratização da gestão das escolas públicas, iniciada
no principio da década de 80, concentra-se em três vertentes básicas da gestão
escolar:
a)
Participação
da comunidade escola na seleção dos diretores da escola;
b)
Criação
de um colegiado escolar que tenha tanto autoridade deliberativa quanto poder
decisório;
c)
Repasse
de recursos financeiros às escolas e conseqüentemente aumento de sua autonomia.
O movimento pela gestão democrática
em educação reconhece a necessidade de unir essas mudanças estruturais e de
procedimentos com ênfase no aprimoramento escolar, por meio de um projeto
pedagógico compromissado com a educação em acordo com as necessidades de uma
sociedade moderna e justa.
A gestão escolar promove a
redistribuição das responsabilidades que
objetivam intensificar a legitimidade do sistema escolar. No entanto, não está
totalmente esclarecido como a descentralização e a participação irão resolver
as inadequações estruturais existentes.
Nos mais bem sucedidos exemplos de
gestão escolar participativa, observou-se que os diretores dedicam uma
quantidade considerável de tempo à capacitação profissional e ao
desenvolvimento de um sistema de acompanhamento escolar e de experiências
pedagógicas caracterizadas pela reflexão - ação.
8.1-
Por
que optar pela participação na gestão escolar?
·
para melhorar a qualidade pedagógica do
processo educacional das escolas;
·
para garantir ao currículo escolar
maior sentido de realidade e atualidade;
·
para aumentar o profissionalismo dos
professores;
·
para combater o isolamento físico,
administrativo e profissional dos diretores e professores;
·
para motivar o apoio comunitário às
escolas;
·
para desenvolver objetivos comuns na
comunidade escolar.
8.2-
Gestão
escolar implica criação de ambiente participativo
Sabemos que dada à tendência
burocrática e centralizadora ainda vigente na cultura organizacional escolar e
do sistema de ensino brasileiro que a reforça, a participação, em seu sentido
dinâmico de inter - apoio e integração, visando construir uma realidade mais
significativa, não se constitui em uma prática comum nas escolas.
Aos responsáveis pela gestão escolar
competente, portanto, promover a criação de um ambiente estimulador dessa participação, processo esse
que se efetiva a partir de algumas ações especiais:
1-
Criar
uma visão de conjunto associada a uma ação de cooperativismo;
2-
Promover
um clima de confiança;
3-
Valorizar
as capacidades e aptidões dos participantes;
4-
Associar
esforços, quebrar arestas, eliminar divisões e integrar esforços;
5-
Estabelecer
demanda de trabalho centrado nas idéias e não em pessoas;
6-
Desenvolver
a prática de assumir responsabilidades em conjunto.
A literatura sobre a gestão
participativa reconhece que a vida organizacional contemporânea é altamente
complexa, assim como seus problemas. No final da década de 70, os educadores e
pesquisadores de todo o mundo começaram a prestar maior atenção ao impacto da
gestão participativa na eficácia das escolas como organizações. Ao observar que
não é possível para o diretor solucionar sozinho todos os problemas e questões relativas à sua escola , adotaram
a abordagem participativa fundada no princípio de que, para a organização ter
sucesso, é necessário que os diretores busquem o conhecimento específico e a
experiência de seus colegas de trabalho. Os diretores participativos baseiam-se
no conceito da autoridade compartilhada, por meio do qual o poder é delegado a
representantes da comunidade escolar e as responsabilidades são assumidas em
conjunto.
Três
tendências globais são encontradas a este respeito:
a)
A
gestão participativa como um elemento significativo entre as variáveis
identificadas em “escolas eficazes”.
b)
A
mudança do papel do diretor na gestão escola.
c)
Os
vários elementos da tendência para a autonomia escolar ou gestão
descentralizada.
Normalmente, quando se percebe um
alto grau de profissionalismo em uma escola, três eventos importantes são
observado. Inicialmente, observa-se a existência de mais iniciativa e inovação.
Em segundo lugar, há uma permuta maior de informações e idéias quando existe um
ambiente favorável à troca informal de
conhecimentos, de treinamento e apoio entre colegas. Em terceiro lugar, há
maior responsabilidade com os resultados.
8.
3- Tendências: Eficácia Escolar,
Liderança do Diretor, ênfase na Autonomia da Escola
Desde o inicio da década de 80, três
tendências começaram a emergir com relação à gestão das escolas:
1-
Gestão Escolar e Eficácia Escolar:
Muitos estudos sobre eficácia escolar nos países desenvolvidos, particularmente
nos Estados Unidos, identificaram algumas características administrativas que são positivamente associadas às escolas
eficazes. As descobertas provenientes desses estudos são extremamente consistentes.
A importância da estrutura organizacional
da liderança e da cultura organizacional são pontos que emergiram a
partir deste trabalho. O planejamento participativo e o relacionamento entre
professores que quebram o isolamento do
tradicionalmente associado ao ensino e que promove o senso de humanidade e
propósito no ambiente escolar são características encontradas nas escolas
eficazes. Onde que haja um forte
sentimento de sentir parte de uma comunidade, observa-se melhoria mensurável
nos resultados e comportamentos dos alunos.
2-
Papel da liderança do Diretor:
Voltada para a tendência prática/ administrativa da “autogestão escolar” .
Pesquisas demonstram que as ações específicas relativas à liderança do diretor
estão diretamente associadas às escolas eficazes ( resultado dos testes
padronizados de desempenho estudantil nos Estados Unidos). Nas escolas
eficazes, os diretores agem com líderes pedagógicos, apoiando o estabelecimento
das prioridades, avaliando os programas pedagógicos, organizando e participando
dos programas de desenvolvimento de funcionários, e também enfatizando a
importância dos resultados alcançados pelos alunos. Também agem como líderes em
relações humanas, enfatizando a criação e a manutenção de um clima escolar
positivo e a solução de conflitos, o que inclui promover o consenso quanto aos
objetivos e métodos, mantendo uma disciplina eficaz na escola e administrando
disputas pessoais.
Deve-se ter em conta que a
motivação, o âmbito e a satisfação não são responsabilidade exclusiva dos gestores.
Os professores e diretores trabalham juntos para melhorar a qualidade do
ambiente, criando as condições necessárias para o ensino e aprendizagem mais
eficaz e identificando e modificando os aspectos do processo do trabalho
considerados adversários da qualidade do desempenho. As escolas onde há
integração entre os professores tendem a ser mais eficazes do que aquelas onde
os professores se mantém profissionalmente isolados.
As praticas de liderança em escolas
altamente eficazes incluem: apoiar o estabelecimento de objetivos claros,
propiciar a visão do que é uma boa escola e encorajar os professores, ao
auxiliando-os na descobertas dos recursos necessários para que realizem seu
trabalho. As escolas bem - sucedidas são caracterizadas pela delegação aos
professores da gestão e tomada de decisões em sala de aula, assim como pela boa
integração profissional entre os professores.
8.4
-
Dimensões de liderança relacionadas com as escolas eficazes:
8.4.1-
Elementos
de liderança:
a)
enfoque
pedagógico do diretor;
b)
ênfase
mas relações humanas;
c)
criação
de ambiente positivo;
d)
ações voltadas para metas claras, realizáveis e
relevantes;
e)
disciplina
em sala de aula garantida pelo professores;
f)
capacitação
em serviço voltada para as questões pedagógicas;
g)
acompanhamento
contínuo da atividades escolares.
8.4.2-
Elementos
para apoiar lideranças em escolas eficazes
a)
consenso
sobre valores e objetivos;
b)
planejamento
de longo prazo;
c)
estabilidade
e manutenção do corpo docente;
d)
apoio
em âmbito municipal para a melhoria escolar.
8.5-
Autonomia
da Escola no Processo de Gestão:
Re - conceituação do papel do
diretor como gestor da escola eficaz. A descentralização tem sido um tema
recorrente na área da administração pública. Gestão escola, autonomia escola,
processo decisório escolar são temas utilizados para descrever a abordagem
participativa para a gestão descentralizada do sistema de ensino. A gestão
escolar tem várias facetas interligadas: realocação do planejamento da solução
de problemas e do processo decisório; alguma alocação de recursos e alguns
elementos de estrutura organizacional / educacional dentro da escola.
Com relação a realocação das
atividades de planejamento, acreditamos que tenha havido uma ênfase crescente
na comunidade escola (diretores, pais, professores e demais funcionários) para
desenvolver um plano para a escola, voltado para a identificação de sua missão
central, dos objetivos educacionais específicos, das atividades prioritárias
relacionadas com seu plano de desenvolvimento educacional de longo prazo
(normalmente três anos ou mais ). Semelhante à solução de problemas locais com
relação a uma variedade de questões assumidas por, ou delegadas as escolas,
existem programas para estudantes com baixo rendimento, assim como programas
para alunos de rico dentro da população escolar e esforços no sentido de
desenvolver estratégias para resolver a escassez de recursos e gerar a melhoria
dos objetivos educacionais e sociais da escola.
No domínio das inovações
educacionais, que envolvem mudanças nos currículos, na avaliação dos alunos, no planejamento
interdisciplinar e no ensino inovador, existe um grande espaço para as
experimentações. Porém, com relação ao desenho organizacional tem existido
pouco flexibilidade para que a escola se
reestruture internamente. Por exemplo, no primeiro segmento das escolas de
ensino fundamental mantém-se o conceito de se ter um único professor por turma.
Com relação à carga horária diária e
calendário escolar, no entanto, temos observado uma certa flexibilidade.
Criar as condições para a existência
de troca de informações profissionais entre professores é uma característica
permanente nas escolas e aumentar a integração dos professores faz parte dos
esforços realizados para mudar o clima organizacional.
8.6-
Lições
da Escola Participativa
A pesquisa sobre educação,
efetivamente, amplia a nossa compreensão de como a gestão participativa, é
capaz de afetar a qualidade escola. As escolas cujos diretores praticam um
estilo de gestão consultiva e que buscam a opiniões de um número selecionado de
funcionários, e as utilizam para tomar e implementar decisões, criam um
ambiente de aprendizagem mais eficaz. As escolas bem dirigidas exibem uma
cultura de reforço mútuo das expectativas: confiança, interação entre os
funcionários e a participação na construção dos objetivos pedagógicos,
curriculares e de prática em sala de aula. A participação, como qualquer
melhoria substancial, requer o desenvolvimento e a adoção de um programa de
atividades.
Existem
vários passos iniciais e difíceis a serem tomados , que incluem:
·
Redigir um código de valores que
represente o comprometimento de todos da escola com a gestão participativa;
·
Construir o comprometimento pessoal da
cúpula: Se o diretor e a equipe de apoio técnico administrativo não estiverem
comprometidos, os professores sempre questionarão se o seu envolvimento será
;evado a sério ou se ele é válido;
·
Promover a capacitação em serviço de
professores e pais para que se desenvolvam as habilidades necessárias à atuação
participativa.;
·
Se os professores e os pais forem efetivamente
participar dos processos de administração e decisão, precisam desenvolver as
habilidades necessárias. Ao desenvolver
estas habilidades os membros da escola necessitam de orientação e tempo para
aperfeiçoa-las; por isso, tanto os diretores como os demais funcionários devem
estar dispostos a dedicar algum tempo para esta aprendizagem, viabilizando a
criação de um, sistema de trabalho com base na gestão participativa.
Circular a informação de
cima para baixo na organização:
consultar é um esforço de mão
dupla. Se este processo envolver a troca de idéias entre o diretor e os
professores, o ambiente será mais propício
à existência de consultas. E, embora nem todos os professores tenham
interesse em participar do processo decisório, a maioria gosta de saber que alguns dos seus colegas
tomou parte do processo, representando suas percepções.
Iniciar
com alto envolvimento no processo de
planejamento:
Existem
dois indicadores críticos para o sucesso:
1-
O
grau de abertura para a livre participação dos membros da organização, no
processo de planejamento e definição de objetivos;
2-
O
nível de comprometimento e acompanhamento da direção no que se refere à
participação dos professores.
Para garantir a
existência de tempo e recursos voltados para a participação, é necessária a
capacitação dos integrantes da comunidade escola ( professores, diretores e
demais funcionários, pais e alunos). Preparar a comunidade escolar para a
gestão democrática é assistência da transformação do sistema de ensino.
8.7-
Características
da Gestão Participativa
·
compartilhamentos de autoridade;
·
delegação de poder;
·
responsabilidades assumidas em
conjunto;
·
valorização e mobilização da sinergia
de equipe
·
canalização de talentos e iniciativas
em todos os segmentos da organização;
·
compartilhamento constante e aberto de
informações.
8.8-
Liderando
e Motivando a Equipe Escola
8.8.1-
A escola promissora: Na medida em
que nos situamos nos primórdios do
terceiro milênio, os dirigentes de escola ao redor do mundo estão descobrindo
que os modelos convencionais de
liderança não são mais adequados. As escolas atuais necessitam de líberes
capazes de trabalhar e facilitar a resolução de problemas em grupo, capazes de
trabalhar junto com professores e
colegas, ajudando-os a identificar suas necessidades de capacitação e a
adquirir suas habilidades necessárias e, ainda, serem capazes de ouvir o que os
outros têm a dizer, delegar autoridade e dividir poder. As décadas finais do
Século XX marcaram o surgimento de uma revolução no pensamento administrativo. Atualmente,
nosso mundo é marcado pela emergência de novas estruturas organizacionais que
são, significativamente, mais democráticas, mais criativas, e potencialmente,
mais produtivas; desse modo supera o modelo centralizado, autocrático,
controlador cuja ênfase situa-se em regras de trabalho e na obediência.
Nos dias de hoje, os líderes
eficazes de escolas são os responsáveis
pela sobrevivência e pelo sucesso de suas organizações, reduzindo as
incertezas, ajudando a cooperar e a trabalhar em conjunto para a tomada de
decisões acertadas.
8.8.2-
Características
de um líder participativo
a)
facilitador
e estimulador da participação dos pais, alunos, professores e demais
funcionários, na toma de decisões e implementação de ações;
b)
promotor da comunicação aberta;
c)
demonstrador
de orientação pró - ativa;
d)
construtor
de equipes participativas;
e)
incentivador
da capacitação e desenvolvimento dos funcionários e de todos da escola;
f)
criador
de clima de confiança e receptividade;
g)
mobilizador
de energia, dinamismo e entusiasmo;
8.9
-
O estilo participativo
A liderança participativa é um a estratégia empregada
para aperfeiçoar a qualidade educacional. É a chave para liberar a riqueza do
ser humano que está presa dentro do sistema de ensino. Baseada em bom senso - a
delegação de autoridade àqueles que estão envolvidos na produção de serviços
educacionais é construída a partir de modelos de liderança compartilhada, que
são os padrões de funcionamento de organização ao redor do mundo, com alto grau
de desempenho.
8.10
-
Estratégias para facilitar a participação
1-
identificar
as oportunidades apropriadas para a ação e decisão compartilhada;
2-
estimular
a participação dos membros da comunidade escola;
3-
estabelecer
normas de trabalho em equipe e orientar a sua efetivação;
4-
transformar
boas idéias individuais em idéia coletivas;
5-
garantir
os recursos necessários para apoiar os esforços participativos;
6-
promover
reconhecimento coletivo pela participação e pela conclusão de tarefas.
Poder é a capacidade de uma pessoa
influenciar outras. É a capacidade de exercer influência sobre os outros.
Porém, esta capacidade poder não ser
sempre atingida. Existem seis fontes de poder para u líder:
1-
Poder
de Referência: por exemplo, ser admirado e querido pelos outros;
2-
Poder
de Competência: baseado em conhecimento comprovado;
3-
Poder
Legítimo ou de Posição ;
4-
Poder
de Informação: baseado no acesso a importantes informações;
5-
Poder
de recompensar;
6-
Poder
Coercitivo ( repressor)
O líder participativo se baseia,
principalmente, no poder de referência e no poder de competência que viabilizam o comprometimento e ganham o
consentimento dos colegas de trabalho.
Pesquisas sobre escolas eficazes
revelam uma correlação positiva entre o envolvimento dos professores e do
sindicato dos professores na criação da visão e na definição dos objetivos da
escola, na utilização do conhecimento dos professores para solucionar
problemas, na construção de confiança
através do envolvimento, na definição do
currículo escola. O líder participativo envolver os outros e compartilha a
liderança com a comunidade escolar.
8.10.1-
Tarefas
do líder participativo na escola
1-
criar
com a comunidade escolar e comunicar a visão da escola;
2-
desenvolver
a confiança e o comprometimento de professores e demais funcionários com esta
visão;
3-
definir, em conjunto, objetivos da escola;
4-
utilizar
e canalizar as competências da escola para efetivação de resultados;
5-
desenvolver
a equipe mediante acompanhamento e orientação coletiva contínua;
6-
motivar
a equipe da escola como um todo.
7-
Apoio:
comportamento que contribui para que o colega se sinta valioso e importante ;
8-
Ênfase
no objetivo: comportamento que estimula o entusiasmo em realizar o trabalho e
produzir resultados;
9-
Facilitação do
trabalho: remoção dos obstáculos e desvios, permitindo que os
funcionários realizem seus trabalhos;
10-
facilitação da interação: comportamento
que viabiliza a transformação dos funcionários em uma equipe de trabalho.
8.10.2-
Utilizando
Amplamente as competências da Escola
a)
construir
com sua equipe a visão de futuro da escola;
b)
definir
equipes de liderança em áreas específicas;
c)
comprometer
os membros das equipes com o objetivo das áreas específicas e com sua
participação nos propósitos gerais da escola;
d)
manter
a mobilização de interesses e esforços
8.10.3-
Desenvolvimento
das Equipes
a)
ensinar
as habilidades necessárias para a participação eficaz;
b)
proporcionar
apoio e encorajamento para os
integrantes da equipe;
c)
modelar
o comportamento de equipe eficaz;
d)
promover
contínua interação entre os membros.
8.10.4-
Motivando
a equipe da escola
a)
estabelecer
na escola um sentido comum, de cumplicidade, de família, no desenvolvimento dos
objetivos educacionais;
b)
Criar
oportunidades para freqüentes trocas de idéias, de inovações e criação conjunta
no trabalho;
c)
Orientar
as ações pedagógicas para que, conjuntamente, promovam a aprendizagem dos
alunos e o desenvolvimento profissional do professor.
d)
Dar
visibilidade e transparência às ações e seus resultados ( visibilidade
significa ser reconhecido profissionalmente pelos outros, pelo trabalho bem
feito).
Capítulo II - Propostas de trabalho para a formação plena do Educando
Nossa preocupação como educadores e
promover o pleno desenvolvimento social e cognitivo dos nossos alunos para
transformá-los em cidadãos do terceiro milênio.
O perfil que traçamos para o cidadão do terceiro milênio possui quatro
pontos de vista:
1-
Cognitivo:
Que tenha condições para entender o mundo contemporâneo e nele se situar como
sujeito;
2-
Ético: Capaz de
responsabilizar-se pelos seus deveres e obrigações sociais, segundo um código
de conduta livre, consciente e autonomamente assumido;
3-
Comunicativo:
Capaz de elaborar e emitir opiniões próprias, bem como alterar seus pontos de
vista, se necessário, estabelecendo dialogicamente bases de entendimentos com
seus pares;
4-
Afetivo e Sensível:
Capaz de emociona-se, de reconhecer e expressar seus sentimentos, de
interessar-se pelas coisas que cercam, de lutar por uma causa, de
sensibilizar-se e agir em prol de um ideal,
capaz de amar e de indignar-se diante do que considere injusto ou
indigno.
Este é o perfil do aluno que
almejamos construir. São as noções de cidadania que devemos alcançar: 1-
respeito mútuo; 2- justiça; 3- solidariedade; 4 - diálogo
1-
Respeito mútuo
: compreensão de que todas as pessoas
precisam sentir-se respeitadas e sentir que delas se exige respeito;
identificação de diferentes formas de se demonstrar respeito correspondentes a
diferentes esferas de sociabilidade e convívio: relações pessoais, relações
formais e relações individuais; reconhecimento dos limites e possibilidades
pessoais e alheias; identificação e repúdio de situações de desrespeito.
2-
Justiça:
Identificação, formulação e discussão de critérios de justiça para analisar
situações na escola e na sociedade; consideração de critérios de justiça para
compreender, produzir e legitimar regras; identificação e repúdio de atitudes
que violentam os direitos do ser humano.
3-
Solidariedade:
Reconhecimento e valorização da existência de diversas formas de atuação
solidária no âmbito político e comunitário; atuação compreensiva nas situações
cotidianas; conhecimento de ações necessárias em situações específicas; repúdio
a atitudes desleais, de desrespeito, violência e omissão .
4-
Diálogo:
valorização do diálogo nas relações sociais; valorização das próprias idéias,
disponibilidade para ouvir idéias e argumentos do outro reconhecimento da necessidade de rever pontos
de vista; utilização do diálogo como instrumento de cooperação; transformação e
enriquecimento do saber pessoal pelo diálogo; participação dialógica na toma de
decisões coletivas.
Segundo o relatório para a
UNESCO da Comissão Internacional
sobre Educação para século XXI : “Um tesouro a descobrir”, existem quatro
pilares da educação :
1-
Aprender a conhecer:
Supõe, antes de tudo, aprender a aprender, exercitando a atenção, a memória e o
pensamento.
2-
Aprender a Fazer:
Aprender a fazer não poder continuar a
ter significado simples de preparar
alguém para uma tarefa material bem determinada, para fazê-lo participar
no fabrico de alguma coisa. Da noção de qualificação passa-se à noção de
competência: qualidades como a capacidade de
comunicar, de trabalhar com os outros, de gerir e de resolver conflitos
tornam-se cada vez mais importante;
3-
Aprender a Viver Juntos:
Representa um dos maiores desafios da educação, que deve utilizar duas vias
complementares: a descoberta progressiva do outro, num primeiro nível, e , ao
longo de toda a vida a participação em projetos comuns.
4-
Aprender a ser:
A educação deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa -
espírito e corpo, inteligência,
sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade.
Portanto, a realização completa do homem passa pela complexidade de seus
compromissos: indivíduo, membro de uma família e de uma coletividade, cidadão e
produtor, inventor de técnicas e criador de sonhos .
No momento em que conseguirmos
alcançar estes objetivos e consigamos
formar o indivíduo pleno de seus deveres, direitos e competências a escola está
cumprindo seu papel na humanidade.
1- Projeto para a vida
1.1-
Trabalho
voluntário e solidário
O impulso para essa nova maneira de
estudar partir da LDB em vigor desde 1996. O foco da educação passou a ser
aprendizado e não mais o ensino . Na prática, isso significa que você precisa
desenvolver nos estudantes competências que vão além dos conteúdos escolares,
tornando-os aptos a compreender a complexidade do mundo e a aturar nele com
ética. O jovem só percebe a necessidade de participação na sociedade quando é
estimulado a encontrar regularmente soluções para questões reais. A
solidariedade deve ser praticada em todos os momentos da vida escolar do
educando de deve fazer parte do conteúdo programático das disciplinas:
Algumas Ações possíveis e exemplos de
aplicações Interdisciplinares:
Ensino Fundamental ( 1a a 4a
Série )
Disciplinas
|
Ações
Solidárias
|
Competências
|
Língua portuguesa
|
Gravação e doação de fitas cassete
contendo a leitura de histórias infantis e reportagem a instituição de
crianças cegas
|
·
Utilizar a linguagem oral com
eficiência.
·
Identificar elementos não verbais
como mudanças no tom da voz.
·
reconhecer a leitura como fonte de
conhecimento.
|
História
|
visitação a asilos e convite aos
idosos paras transmitir experiências de vida
|
·
Aprender a noção de passado, presente
e futuro.
·
Identificar uma entrevista como fonte
histórica
|
Matemática
|
Coleta e reciclagem de latas de
alumínio e doação de verba arrecadada a uma instituição filantrópica
|
* utilizar estratégias de
quantificação como contagem, estimativa e correspondência.
|
Ensino
Fundamental ( 5a a 8a Série )
Disciplinas
|
Ações
Solidárias
|
Competência
|
Língua Portuguesa
|
leitura de histórias em creches,
asilos e hospitais
|
·
analisar a adequação do texto
considerando sua finalidade em função
do interlocutor.
·
aprender a falar em público
|
Educação Física
|
promoção de jogos e campeonatos de diferentes
modalidades esportivas entre alunos de escolas e jovens de comunidades muito
carentes, creches e orfanatos
|
·
cooperar e aceitar as funções
atribuídas dentro do trabalho em equipe.
·
valorizar a cultura corporal de
movimento como parte do patrimônio cultural da comunidade.
|
Todas
|
Monitoria em aulas de reforço
|
·
elaborar e disponibilizar o
conhecimento.
·
adequar as informações para um
público específico.
|
Ensino Médio
Disciplinas
|
Ações
Solidárias
|
Competências
|
Ciências da Natureza, matemática e
suas tecnologias
|
·
Campanhas de medição de pressão
arterial e taxa de glicemia em postos de saúde na comunidade escolar ( em
parceria com hospitais) .
|
·
Compreender os sistema nervosos e
hormonal,. Valorizando condições saudáveis de vida.
|
Linguagens, códigos e suas
tecnologias
|
Atividade de recreação em creches,
orfanatos e áreas livres na comunidade.
|
Compreender as diferentes
manifestações da cultura corporal, reconhecendo a valorizando as diferenças
de desempenho , linguagem e expressão.
|
Ciências Humanas e suas tecnologias
|
Elaboração de jogos para crianças e
adolescentes que possibilitem o entendimento do ambiente rural e urbano
|
Ler, analisar e interpretar os
códigos específicos de Geografia ( mapas, gráficos, tabelas, etc.)
considerando-os como elementos de representação de fatos e fenômenos
espaciais.
|
Todas
|
Organização de curso de alfabetização
de jovens e adultos e cursos pré - vestibular para jovens carentes da
comunidade (em parceria com professores)
|
·
Elaborar e disponibilizar o
conhecimento.
·
Adequar as informações para um
público específico.
|
Estas
são algumas sugestões de trabalho. Existem inúmeras outras e os professores
são plenamente qualificados para criá-las e desenvolvê-las de acordo com seus
conteúdos.
|
1.2-
Pintura da escola
e restauração da estrutura da escola.
A nossa escola, como todas as outras
escolas, sofre com a depredação. Isto traz desconforto aos alunos, professores,
funcionários e país. Em caso mais extremos, podem até interferir no
comportamento e na aprendizagem do educando.
Uma solução possível é a adoção da sala pela turma. Esta turma
irá conservá-la com nova pintura e desenhos frutos da arte pessoal de cada um.
Cada Sala de Aula teria três turmas madrinhas as quais, seriam responsáveis
pelo seu bom funcionamento até o final do ano.
Não apenas a pintura mas sim, a limpeza, a conservação das cadeiras,
portas, quadro e janelas.
Recompensa: A principal recompensa é o bom estado da sala
durante todo o ano e a segunda seria uma
excursão de confraternização das turmas vencedoras.
Os
Corredores e pátio: ficaram todas as salas responsáveis pelos espaços
comuns da escola.
Os
professores, direção, outros funcionários e pais : teriam a importante
função de estar buscando patrocínio e incentivando os educandos nas tarefas.
1.3-
Biblioteca
As avaliações mostram que os alunos aprendem mais quando
têm a oportunidade de conviver com os livros na escola. Ajudá-los a descobrir
esse mundo é muito divertido e enriquecedor.
Há um tesouro na escola. Ao alcance
de todos, é capaz de operar pequenos milagres em que se apossa dele. Ele
aumenta à medida que transfere sua riqueza ( o conhecimento) para um número
cada vez maior de professores e alunos. Por isso é preciso descobri-lo, toná-lo
parte da ida de todos, melhorá-lo constantemente.
Sabemos que a muito tempo nossa
biblioteca não funciona adequadamente e não supre a demanda total dos alunos. O turno da noite é o mais
prejudicado. Há ainda a grande incidência de desaparecimento de livros,
empobrecendo a cada ano, o acervo da biblioteca. A falta de
bibliotecários é um dos principais motivos do problema. A contratação de
novos funcionários dependem de várias
normas administrativas. Uma solução viável seria a flexibilização da carga
horária do funcionário, onde trabalharia mais horas por dia e estas horas
excedente, seriam convertidas em uma
folga semanal, o dia escolhido seria previamente acertado entre os
bibliotecários. Assim o aluno teria mais horas diárias para usufruir da
biblioteca. É claro que a consulta ao
estatuto dos funcionários públicos e à
superintendência seria necessária, para a averiguação da legalidade da
proposta.
A biblioteca deve ser também um
ponto cultural, de exposições de trabalho dos alunos e professores,
funcionários e pais. Deve ser um ponto de encontro dos leitores, curiosos
e de “pate-papo”.
O acervo deve ser crescido com
importantes obras literárias, enciclopédias, jornais, revistas, dicionários e
periódicos, na medida do possível , com
recursos da escola ou incentivar campanhas de doação de livros pela
comunidade escolar e outras
instituições. Para inibir o roubo dos livros, um sistema de controle deverá ser
criado para dinamizar a operacionalidade
das funções da biblioteca.
1.3.1-
Idéias
para melhorar o ambiente na biblioteca:
1-
Os
professores devem incentivar os alunos a levarem o livro para casa, e lê-los
nas horas vagas, sozinhos e com a ajuda dos pais que podem compartilhar a
leitura com seus filhos;
2-
Na séries iniciais os livros devem ser
organizados nos pontos mais baixos das
estantes da biblioteca ou em caixas como “cantinho da Leitura”;
3-
Boa
infra - estrutura é essencial. Cadeiras e mesas bem localizadas, pufes e
almofadas no chão criam um ambiente
acolhedor. Sem livros entulhados e armários no meio do caminho;
4-
O
astral da biblioteca fica mais rico quando o aluno se sente parte dela.
Colocando na estante livros produzidos em classe. E montando painéis como o de fotos, com
legendas, resenhas ou textos produzidos pelas próprias crianças e jovens.
Entrevistas gravadas em Cassete ou VHS devem ser guardas;
5-
É
essencial fazer novas aquisições, repor e recuperar volumes danificados. Os
alunos devem aprender a restaurar os livros e assim, o sentido de conservação
nasce naturalmente. Com a ajuda da associação de pais e mestres a direção da
escola deve buscar recursos para estas
novas aquisições;
6-
Toda
classe deve ir ao menos um dia por semana a biblioteca. Tanto faz se o horário
é para pesquisa ou leitura livre. O que importa é dar autonomia ao estudante e
ensiná-lo a encontrar os livros e conhecer o funcionamento cotidiano da
biblioteca.
Se a escola é a segunda casa do aluno a
biblioteca dever ser, com toda certeza, a terceira.
1.4
- clube de
ciências
É fácil montar um clube de ciências.
Basta juntar alunos, professores, direção, funcionários e pais e criar projetos que relacione o conhecimento
científico ao dia - a - dia.
Geralmente o clube de ciências
funciona em horários alternativos e reúne estudantes de várias classes. Temas
de estudo precisam ser claramente definidos para que os interessados se
habilitem. Por mais informal que seja o clube, é bom manter um mínimo de
organização. Uma ficha de inscrição para a elaboração do quadro de sócios. As
atividades devem ser abertas a todos. O ideal é que os conteúdos não sejam
completamente independentes do que é ensinado em sala de aula, o que pode
significar alguma adaptação do currículo.
As aulas no laboratório ou em qualquer outra dependência da escola será,
com certeza, muito mais agradável e producente.
1.5-
Oficinas
pedagógicas
Quando ouvimos a palavra oficina, logo
remetemos ao artesanato. Oficinas de artesanato na escolar são essenciais e
devem ser motivadas com todo fervor, além de proporcionar uma “profissionalização” ao aluno, ocupa seu
tempo vago e socializa duas ações. Porém a escola enquanto instituição de construção do
conhecimento necessita apresentar os diversos conteúdos escolares aos seus
alunos. Uma fascinante ferramenta para esta apresentação são as oficinas
pedagógicas.
Os professores montariam oficinas
pedagógicas como por exemplo: Oficina de Literatura - o professor de
literatura levaria inúmeros textos
literários, revistas e artigos para os
seus alunos. A leitura destes textos,
juntamente com a produção de novos
textos, irá desenvolver novas competências
incríveis para o estudo da Língua Portuguesa . Este é apenas um exemplo,
todos os professores, de todas as disciplinas, poderão criar suas oficinas e
elaborar suas próprias metodologias de
trabalho e avaliação.
1.6-
Oficinas de
artesanato
Como foi dito no item anterior, as
oficinas de artesanato ocupam um importante lugar no processo de construção
social do educando. Nela ele poderá aprender um ofício, aprenderá a conviver em grupo e ocupará seu tempo ocioso.
Uma novidade importante é a presença do pai. Uma tentativa para atrai-lo para a
escola e, com seu filho, aprender novas habilidades.
A direção, os professores, alunos,
funcionários e pais são responsáveis em encontrar parceiros e patrocinadores para a compra dos
materiais necessários à produção do
artesanato.
As oficinas poderão ocorrer aos
sábados com a ajuda voluntária de professores, funcionários, direção, alunos e
pais e eventualmente, fruto da negociação com funcionários para pagamento de
faltas.
1.7-
Aumentar a auto -
estima do Educando
Precisamos aumentar a auto - estima
das nossas turmas. Mesmo que nunca tenhamos pensado nisto, com certeza
conhecemos alguém que já se dispôs a encarar o desafio. Isso depois de deparar
com uma classe desmotivada, que não participa das atividades, deixava as
tarefas incompletas e não aprendia nada. Em situações assim, elevar a auto -
estima dos alunos parece ser a única solução. Devemos criar em cada aluno a
capacidade de gostar, de se sentir confiante e bem sucedido. O aluno deve
sempre ser valorizado, aplaudido em seus sucessos e acolhido em seus fracassos.
As bibliografias consultadas a
respeito e os vários anos de observação deste problema, levaram - nos a
elaborar algumas idéias de aprimoramento das aulas para tentar aumentar a auto
- estima dos alunos:
1-
Procurar
conhecer melhor o aluno, saber o nome de
cada um, descobrir e estimular as potencialidade deles. São muitos alunos, mas
temos todo ano para esta tarefa.
2-
Dar
voz ao aluno. Todos possuem importantes contribuições e assim se sentiram
valorizados;
3-
Refletir
sobre a maneira a qual tratamos as dificuldades especificas de nossas turmas.
4-
Faça
auto - avaliações freqüentes;
5-
Procure
fazer do espaço da sala e da escola o mais democrático possível onde todos
podem participar;
6-
Incentivar
a participação de movimentos políticos e organizações como o nosso Grêmio “João Guimarães Rosa” , o
Colegiado e o conselho de lideres de
Classe.
1.8-
Fortalecimento do
Grêmio Estudantil “João Guimarães Rosa”
O nosso grêmio estudantil foi criado
em 2000. Porém sua participação política
entre os alunos até hoje é muito tímida.
A nossa proposta é reorganizar a
estrutura administrativa do grêmio
tornando-o mais dinâmico e ativo. Novas eleições serão convocadas imediatamente
e um amplo trabalho será feito com os candidatos, com o intuito de criar maior
senso de participação política dos futuros diretores.
A sede já existe, mas sempre foi usada como depósito
de lixo. A nova diretoria irá ocupa-la e o mobiliário a direção da escola providenciará.
Participação direta dos alunos nas
decisões da escola é mais uma tentativa clara de instituir em nossa escola a
Gestão Participativa, essencial para as profundas transformações que ocorrerão
com a nova equipe diretiva da escola.
1.9-
Criação do
Conselho de Líderes de Classe
A participação de todos os segmentos
da escola faz parte do eixo central da proposta de gestão participativa dos
membros desta chapa. Uma das ações urgentes é a criação do Conselho de
Líderes Classe. A figura do Líder de
Classe é importantíssimo como elo de comunicação entre a direção, supervisão e professores com
as turmas. Os problemas cotidianos de disciplina, aprendizado, etc. podem ser
trabalhados com o representante de
turma que irá, com muita
responsabilidade, comunicar os combinados com a turma. O Conselho de Líderes de
Classe também possui uma importante tarefa de contribuir diretamente na gestão
da escola juntamente com a direção,
colegiado, Associação de Pais e Mestres e Grêmio Estudantil.
1.10-
Criação da
comissão permanente de formatura
Esta comissão será constituída pelo diretor, os professores
padrinhos e os alunos integrantes das comissões de formatura.
Caberá a direção da escola fazer um levantamento criterioso dos
prestadores de serviços como: locadores de Becas, locadores da
ornamentação, Música, convite, camisas, salão para festa etc. A escola aconselhará
que o mestre de cerimônia seja um professor, caso não haja consenso as
comissões de formatura terão total autonomia
para propor soluções.
As Vantagens da criação da Comissão
Permanente Formatura é a economia dos gastos das turmas, homogeneização da
cerimonia, e diminuição das reuniões em horário de aula, prejudicando o
aprendizado dos alunos convocados.
1.11-
Esporte na escola
Todas as pedagogias modernas,
nacional e internacional, enfoca a importância das práticas esportivas no
ambiente escolar. A influência do esporte no sistema escolar é de tal magnitude
que temos não o esporte da escola, mas sim o esporte na escola. Isso indica a
subordinação da Educação Física aos códigos/sentido da instituição esportiva:
esporte olímpico, sistema desportivo nacional e internacional. Estes códigos
podem ser resumidos em : princípio de rendimento atlético/desportivo,
comparação de rendimento, competição, regulamentação rígida, sucesso no esporte
como sinônimo de vitória, racionalização de meios e técnicas etc.
Sabemos que a incidência cada vez
maior de adolescentes e jovens obesos, com dificuldades oriundas da falta de
movimento, com possibilidades de acidentes cardiovasculares e com oportunidades
reduzidas de movimento, leva-nos a pensar na retomada da idéia de que o Esporte
significa Saúde. O esporte é saudável não apenas para o corpo, mas também para
a “alma”, ou seja, o jovem esportista é mais calmo, mais sociável, mais
disciplinado, busca sempre a vitória ( no esporte ou na vida). A noção do
trabalho em equipe, a importância de
cada atleta para a equipe aumenta a auto - estima do aluno e cria o senso de
responsabilidade pois o seu fracasso pode significar o fracasso de toda a
equipe.
Nesta perspectiva, é muito
importante criar novas possibilidades de inserção do jovem no esporte.
Incentivando e aprimorando a participação da nossa equipe de Vôlei, com maior
visibilidade perante a comunidade e com maior participação nos campeonatos
escolares, municipais e estaduais.
Faz-se necessário a criação de mais equipes de futebol de salão, masculino e feminino; equipes de vôlei
feminino, de ping - pong, etc.
O xadrez está sendo incorporado no
currículo nacional, por conviver bem com a prática pedagógico, já que é um jogo
silencioso, além de ser cientificamente comprovado que aumenta o poder de
concentração, o raciocínio lógico e a criatividade. Um clube de Xadrez poderá ser criado onde os alunos aprenderão a jogar
e poderão construir as peças do jogo a partir de produtos reciclados. Aliado ao
clube, nascerá campeonatos especiais de
xadrez entre as turmas, envolvendo toda a escola.
Campeonatos periódicos, com tabelas
bem definidas e horários reservados, entre
turmas de todos os turnos. Será incentivado a participação dos equipes
oficiais da escola em campeonatos inter - escolares.
A valorização das equipes é
importante pois incentiva a permanência dos alunos nela, aumenta a auto estima
e pode criar, em cada aluno, o sentido
de: “o
melhor vencedor é aquele que vence no esporte e no estudos”.
Em fim, todas as ações possíveis
para a inserção, cada vez maior, dos alunos no mundo dos esportes serão
promovidas e assim, criaremos jovens saudáveis, comprometidos com a
coletividade e repletos de valores de conduta
ética e social. Para que isto
seja possível é importante a parceria com os professores de educação física,
equipe diretiva, especialistas, demais professores e funcionários, pais e, principalmente, o Grêmio Estudantil e o
Conselho de Líderes de Classe. Todos envolvidos e trabalhando de forma ordenada
e eficaz, com certeza obteremos grandes resultados.
1.12-
A violência na
escola
Nos últimos anos, evocar a imagem de
escolas violentas tem-se tornado comum entre os educadores, principalmente nas
áreas periféricas. Essa imagem inquietante
é fortalecida sempre que ocorrem
episódios truculentos associados a estudantes e professores, ou a registros de
violência grave ao entorno da escola como por exemplo: assassinatos, assaltos e
tráfico de drogas. E o que era apenas exceção parece torna-se regra.
Quase instantaneamente, fixa-se no
imaginário social mais um motivo enganoso para que a educação seja entendida
como uma profissão prejudicada pelo entorno social, uma profissão utópica à
beira do impossível.
A violência urbana é, de fato, um
grave problema. Em algumas regiões do Brasil, a incidência de atos violentos
extremos é maior até do que no Oriente Médio. Em nosso bairro e nos bairros
adjacentes, notícias de assassinatos se tornaram freqüentes e já não inspiram
mais perplexidade entre os moradores. Então, alardeamos que nossas escolas
estão sendo invadidas pela brutalidade do contexto social. Isso é verdadeiro
apenas em parte.
Primeiro , vale lembra o óbvio: nas escolas, há muito menos
violência do que no âmbito geral da sociedade. Depois, que o cotidiano escolar
não só incorpora as ameaças de seu exterior como produz ele mesmo conflitos,
embates e exclusões. No cotidiano
escola, é a feição simbólica da violência que surge com maior freqüência. Exemplos
existem como: quando impedimos a participação eqüitativa de todos os alunos no
dia - a - dia escolar, estamos sendo
violentos; se desconfiamos de suas potencialidades, recusando-nos a oferecer o
que lhe é de direito, estamos sendo violentos; ao colocar em risco sua auto -
estima com diagnósticos malicioso, estamos sendo violentos.
Portanto, o debate sobre a violência
deve levar todos a repensar seu papel na construção de uma escola inclusiva e
de qualidade. Para tanto, algumas ações podem ser propostas:
1-
A
discussão ampla sobre o papel de cada um dentro do ambiente escolar;
2-
Ensinar
valores e normas de conduta ética ( para alunos, professores, funcionários e
pais).
3-
Saber
ouvir mais seu aluno;
4-
Promover
campanhas que promovam a afetividade, solidariedade e amizade como: Corrente do
Abraço que se resume em cada aluno
abraçar e dizer uma palavra confortante para cinco alunos e, por sua
vez, cada aluno abraço deve proceder da mesma forma;
5-
Palavras
de inspiram a amizade, a solidariedade e a afetividade devem ser pintadas em pontos estratégicos da
escola;
6-
A
realização de momentos de
confraternização entre os alunos em datas especiais como: Inicio
e término das aulas, dia do
estudante, dia do professor, confraternização de formandos, etc.
7-
Cultos
ecumênicos mensais ou em datas festivas.
8-
Abertura
da escola para a comunidade ( as propostas para esta abertura estão em outro
momento do plano de ação).
Inúmeras outras ações podem
surgir e certamente serão executadas com
todo o empenho da equipe diretiva, dos especialistas, professores, alunos e pais
em prol da paz dentro da escola.
1.13-
Amor e afetividade
Paulo Freire na sua grande sabedoria
resume bem sua visão de escola:
Escola é ...
o
lugar onde se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, quadros,
programas, horários, conceitos... Escola é, sobretudo, gente, gente que
trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima. O diretor é gente,
o coordenador é gente, o professor é
gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente. E a escola será cada vez
melhor na medida em que cada um se comporte como colega, amigo, irmão. Nada de
“ilha cercada de gente por todos os lados”. Nada de conviver com pessoas e
depois descobrir que não tem amizade a ninguém, nada de ser como o tijolo que
forma a parede, indiferente, frio, só. Importante na escola não é só estudar,
não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de
camaradagem, é conviver, é se “amarrar nela”! Ora, é lógico... numa escola
assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educa-se, ser
feliz.
A escola que temos nos últimos anos
não é esta sonhada por Paulo Freire. Temos uma escola fria, sem amor, sem
afeto. As relações cotidianas limitam-se em relações profissionais: professor - aluno, professor - professor,
diretor - professor , etc. Não existe a afetividade necessária no ambiente
humano. Conflitos não são novidade. Aluno X aluno, professor X aluno, professor
X professor, equipe diretiva X professor X aluno. Isto tem que acabar. Não é uma missão fácil mas
possível.
Na gestão participativa proposta por
nós, todos os agentes da escola (professor, aluno, funcionário, pai) serão
democraticamente ouvidos e suas idéias e sugestões poderão ser analisadas e implementadas. A falta de diálogo,
compreensão, e cumplicidade aliada ao mundo complexo e competitivo que vivemos,
a violência crescente a falta de limites e
de perspectiva para um futuro melhor, leva a “exaltação dos ânimos” surgindo os conflitos, as vezes construtivos
mas na maioria, profundamente desagradáveis e desconfortantes.
Campanhas de ações de solidariedade
como a nossa campanha de natal “Yolanda Martins por um natal mais quente e
farto” , campanha de arrecadação de brinquedos, de alimentos e agasalhos,
trabalho voluntário dentro e fora da escola, trabalhos vitoriosos como o projeto
“Diversas Formas de Amor” da professora Rosely, serão incentivados e abrangidos
a toda a escola, confraternizações e ações simples e cotidianas como: ser sempre sorridente, distribuir abraços e
palavras de aconchego podem trazem enormes transformações e, acima de tudo,
mais serenidade e compromisso em tudo que fazemos.
1.14-
Educação para o
trânsito
Mais de 45 mil pessoal morrem anualmente no trânsito
brasileiro. Nos quase dez anos da guerra do Vietnã morreram menos de 50 mil
americanos. Entendemos que nossas ruas são campos de batalha, e que a única arma para acabar com esta guerra é a educação para o
trânsito. A escola precisa criar metodologias para educar seu aluno, hoje
pedestre, e futuramente será um motorista. A nossa escola possui um riquíssimo material
didático sobre as normas de trânsito (
placas de regulamento e advertência e sinaleiros) , os professores poderão
usufruir deste material criando circuitos sinalizados onde alunos de bicicleta poderão percorrê-lo juntamente com alunos “a
pé” representando os pedestres. Palestras promovidas por parceiros importantes
como BHTrans e consultores independentes
como os Analistas de Trânsito Washington Franco Del Couto e Márcio Roberto
Pacheco ambos funcionários da BHTrans e professores de geografia.
1.15-
Trabalhos de Campo
Uma das praticas educacionais mais
eficientes é o trabalho de campo. O aluno em contato com o objeto de estudo
demonstra maior interesse e, conseqüentemente, sua capacidade de entendimento
do conteúdo proposto aumenta. As
relações sociais da turma se intensificam e o próprio relacionamento do
professor com a turma sofre profundas transformações. Inúmeros outras vantagens
são observadas nesta metrologia. Por este motivo, faz-se necessário
intensificar e expandir esta atividade a todas as turmas e disciplinas, onde,
através de projetos Interdisciplinares poderão elaborar suas atividades.
Cidades e localidades importantes
para a valorização da nossa história, seja ela, nacional, mineira, ou local.
Bem como, feiras de ciências e instituições científicas: Universidades e Museus Naturais; instituições
culturais e eventos culturais como: cinema, teatro e exposições, devem ser visitados anualmente através de
calendários pré - estabelecidos. Parceiros serão contactados para diminuir os custos
das viagens para alunos e professores. A participação dos pais e toda a
comunidade escolar é de suma importância
neste processo.
1.16-
Temas Transversais
e Projetos Interdisciplinares
Uma grande contribuição para a
educação nacional foi a elaboração e distribuição dos temas transversais. O
próprio nome já nos elucida sobre sua
proposta. Temas Transversais são temas do nosso dia - a - dia que traspassam
por todos os conteúdos e devem ser trabalhos em conjunto em todas as
disciplinas. Para isso, é necessário que os professores tenham horários e
espaços reservados para elaborar as propostas de trabalho.
Uma
vez por mês, ou mais se fizer necessário, sem prejuízo a caga horária do aluno,
pois elaboraremos trabalhos para que possam fazê-los em casa. Os professores
poderão elabora seus projetos desenvolvidos a partir de temas como: Ética, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente,
Saúde, Orientação Sexual e Trabalho e Consumo. Alunos e os professores irão
expor os resultados em momentos próprios
como: “Semana de Arte Moderna”, “Semana de Ciências”, “Semana do Meio
Ambiente”, “Semana da Juventude”, “Semana literária”, etc.
1.17-
Teatro, musica,
dança e coral na escola
A expressão corporal traduzida
através da dança, da musica e do teatro, intensifica as relações sociais e
podem contribuir no desenvolvimento corporal, intelectual e moral dos alunos.
“Inibir” a timidez, aprender a falar em público, desenvolver a leitura e escrita, a desenvoltura oral, e
quem sabe, descobrir grandes artistas de teatro, músicos, dançarinos de todos
os gêneros musicais.
Ações
corajosos serão tomadas como:
1-
Criar
uma companhia de teatro com atores
efetivos e convidados e juntamente com o Grêmio Estudantil e Conselho de
Líderes de Classe irão ter seu espaço próprio com seus momentos próprios para
os ensaios. As peças criadas ou
reelaboradas pelos alunos seriam amplamente divulgadas na comunidade escolar
projetando assim, seu trabalho para fora dos muros da escola.
2-
Criação
de um coral com alunos ligados aos vários movimentos religiosos e sociedades
civis ou qualquer aluno ou aluna que queira participar. Convidaremos pessoas
ligadas a corais já conhecidos como os Membros do Coral da Igreja Católica do
Jardim das Rosas, de Igrejas Evangélicas, o Professor Samuel e outras pessoas
que possam contribuir . Também o coral depois de consolido terá ampla
divulgação na comunidade escolar, podendo se apresentar em datas comemorativas
e em outras instituições de ensino, igrejas ou sociedades civis.
3-
Vários
grupos de dança serão criados com a ajuda dos alunos que já se apresentaram em
outros momentos, demonstrando seu talento nato e também, outros que queiram participar. Serão
elaborados dias e horários próprios para os ensaios respeitando sempre os
horários de aula.
4-
Sabemos
que temos muitos artistas ocultos “infiltrados” entre nossos alunos. Eles tocam
violão, guitarra, baixo, órgão e inúmeros outros instrumentos. Cantam, compõe
musicas. No entanto, são anônimos na multidão. Criaremos momentos destes
artista exporem seus trabalhos, em festivais estudantis, e na hora do recreio,
onde um local será especialmente criado para eles ( próximo item).
1.18- Projeto Cantinhos do Pátio
Quando estamos no pátio na hora do
recreio observamos uma grande movimentação de alunos, professores,
funcionários. Em cada turno existe um pátio socialmente construído. No turno da
manhã ( 1o turno), vemos um vai e vem frenético de alunos em grupo
ou sozinhos. Pequenos grupos sociais se formam meninos e meninos, meninas e
meninas, meninos com meninas, alguns casais de namorados etc. A tarde ( 3o
turno), centenas de crianças das séries iniciais correm de um lado para o
outro, há também pequenos grupos sociais dos alunos do ensino fundamental. A
noite ( 5o turno), estão os jovens, com seus grupos muito bem
estabelecidos, muitos casais de namorados e muita “paquera no ar”.
Falta alguma coisa! Falta atividades
construtivas neste momento de extravasar energias acumuladas dentro da sala de
aula. E qual a melhor maneira de extravasar? Brincando, dançando,
cantando, atuando, etc.
O projeto consiste em criar
cantinhos dentro do pátio no recreio para organizar estas brincadeiras e assim
tornar o recreio mais atrativo e descontraído. Monitores poderão supervisionar
todas as atividades dos alunos para impedir acidentes mais graves ou conflitos.
Cantinhos do Pátio:
1-
Canto das brincadeiras de rua:
Pular elástico e corda e brincar de taco, amarelinha e bambolê são atividades
muito simples de organizar. Para montar esse espaço, são necessários elásticos
de roupa, giz, cones, bexigas e bolinhas de meia de seda. Podemos pedir ajuda
dos pais para recuperar brincadeiras que as crianças desconhecem e assim ainda,
atrairemos os pais para fazerem parte do cotidiano da escola;
2-
Canto das gincanas:
Para as minicompetições diárias, é bom manter à disposição dos alunos sacos de
estopa de 50 quilos ( para a corrida de saco), colheres de plástico, garrafas
PET de 2 litros, latas de lixo, cones, cordas, rolos de barbante, bolas de
diversos tamanhos e folhas de sulfite. Os alunos vão se divertir muito enquanto
resolve as tarefas no pátio;
3-
Canto da dança:
Dançar é um dos prazeres prediletos dos adolescentes. Convoque os próprios
alunos para fazer uma seleção de fitas cassetes e CDs com músicas de ritmos
variados. Não há como escapar dos sucessos que tocam no rádio - e não devemos
censurar. O responsável pela operação do Som deve ter também músicas infantis e folclóricas.
4-
Canto da leitura:
Ler um bom livro e voar nas asas da imaginação. Os estudantes que já
despertaram para esse prazer em sala de aula vão adorar o recreio aqui. Não
devemos economizar na quantidade de gibis, livros e revistas. Um voluntário (
pai ou aluno) poderá facilmente conduzir essa viagem pelas letras. Bancas de
revistas e livros podem ser montados no pátio e nos locais de maior circulação
de alunos.
5-
Canto de jogos:
Cores e variedades. Esse é o segredo para chamar a atenção dos alunos. Faremos
uma campanha para a doação de jogos como dama, dominó, pega - varetas, jogo
imobiliário, etc. Amarelinha, damas e
outras brincadeiras poderão ser pintadas no pátio ou nas mesas da em frente a
cantina. O aluno ou pai voluntário e responsável por este cantinho não pode se
esquecer de verificar se todos os jogos foram devolvidos corretamente;
6-
Canto das artes:
Para “pintar e bordar” os artistas vão precisar de cartolina, papel sulfite de
diversos tamanhos, papel espelho, crepon, papeis usados, tinta guache, pincéis,
copos de plástico, giz, argila e massa de modelar. Sacos de lixo poderão virar
aventais. Uma boa dica é alternar a cada semana atividades como escultura,
pintura e desenho. O que vale é a imaginação e a capacidade de criação de cada
um.
1.19- Projeto Merenda do Noturno
Segundo
a LDB lei 9394/96, o Ensino Médio não é obrigatório, tendo como responsável
direto, o Governo Estadual. Este por sua vez, fornece apenas o prédio e o
pagamento dos professores. Os alunos do 5o turno não possuem acesso
a merenda escolar e material de papelaria
( folha de ofício e estêncil). Estamos sozinhos na difícil tarefa de
instruir jovens desmotivados, cansados e com fome. O rendimento escolar e a
disciplina ficam completamente prejudicados.
No início do ano de 2003, em uma
ação corajoso, os professores do noturno criaram um projeto inteligente e
eficaz de arrecadação de alimentos e material de papelaria. O projeto foi um sucesso graças ao
empenho de alunos e professores e durante quase seis meses tivemos merenda. No
entanto, no segundo semestre não tivemos
oportunidade de criar outros projetos.
Na Gestão Participativa, a merenda
do noturno é prioridade absoluta. Sabemos que o Governo Estadual não irá mudar
sua política de distribuição de verbas e cabe a nós: alunos, direção,
professores, pais e funcionários buscar soluções para este problema complexo.
1.19.1-
Projeto “Erradicação da fome no noturno”
Com a colaboração da administração
da escola, professores, alunos, Grêmio Estudantil, Conselho de líderes de
Classe, Associação de Pais e Mestre, Colegiado e Funcionários, buscaremos apoio
da iniciativa privada e das sociedades civis de Ibirité e de outras cidades com o intuído de criarmos
uma rede de solidariedade e assim, poderemos arrecadar alimentos para servir a
merenda ao noturno durante todo o ano.
A direção da escola montará uma comissão com membros de
todos os segmentos da comunidade escolar, onde buscará apoio e parcerias
com a iniciativa privada, fornecedores
da escola, e com a sociedade civil organizada, ONG’s , Igrejas, etc.
A participação de todos os membros
da comunidade escolar na arrecadação de
donativos será primordial, os alunos serão sensibilizados nesta importante tarefa de praticar a
solidariedade e ajudar os colegas e toda
a escola. É claro que de acordo com as pedagogias
modernas “o aluno deve ser o sujeito da sua aprendizagem”, todo este projeto é
uma grande idéia para se trabalhar a afetividade, a solidariedade, a justiça, o
amor, a importância de compartilhar. Construiremos com certeza, uma situação
real, em que os alunos não sentirão mais fome, melhorarão seu rendimento
escolar, sua disciplina, e ainda, construirão dentro de cada um sentimento de
cidadania.
Os professores terão total autonomia
para elaboração do projeto e como será trabalhado em cada conteúdo e como serão
as recompensas ( se optarem não haverá recompensas) e avaliações.
1.20-
Estágios
Sabemos o quanto o custo de vida no Brasil vem subindo a cada
ano. Hoje, as famílias vivem com o orçamento apertado, e por isso, a
necessidade de trabalho para todos os membros da família se tornou regra. O aluno, na sua maioria adolescentes e jovens
menores de idade e, é claro, sem experiência de trabalho, são mais alguns
nas estatísticas de desemprego em nosso país. Uma possível solução para amenizar este
problema são os estágios. Existem instituições filantrópicas que criam este elo
entre a incitava privada e a escola como o Centro de Integração Empresa -
Escola de Minas Gerais, o Instituto Ewaldo Lodi
e o CESAM. O aluno quando ingressa nestas instituições poderá ter sua
carteira profissional assinada (CESAM), carga horária compatível com os
estudos, remuneração mensal e o mais importante, aprenderá a trabalhar em
equipe, a socializar-se em um mundo
repleto de novidades, adquirir experiência profissional e fazer novos cursos como: informática e
secretariado.
A direção da escola juntamente com
seus parceiros, terá uma importante tarefa de
celebrar convênio com estas instituições
e selar o compromisso de cooperação recíproca dando toda a assistência
ao aluno caso necessário e por fim, divulgar todos os comunicados com datas,
horários, locais, vagas, pré - requisitos, etc. para que o corpo discente da
escola esteja bem informado.
1.21-
Rádio Escola
Aliado ao projeto “Cantinho do
Pátio”, o projeto Rádio Escola promete envolver todos os alunos de forma
divertida e instrutiva. Com um microfone conectado a um aparelho de som ou uma
caixa amplificadora instalada em um ponto estratégico no pátio, os alunos estarão aprimorando a
escrita e aprendendo a observar a mídia com outros olhos, tanto no sentido de
ampliar o senso crítico como de buscar exemplos de ação a serem seguidos. Os alunos locutores e colaboradores com
certeza melhorarão a oralidade e começaram a apreciar a leitura. A Rádio
Escola se tornará um instrumento
importante na melhoria da aprendizagem da
garotada, além de funcionar como meio de diversão e integração da
comunidade.
1.22-
Projeto Jornal do
Estudante
Em 1996 tivemos uma importante
experiência de imprensa estudantil com a criação do jornal “Coração de
Estudante”. Infelizmente devido ao auto custo da impressão foram possíveis
apenas duas edições. Em 1999 nova
tentativa, mas a escola não deu o devido apoio.
Em 2004 será diferente. Alunos,
professores, funcionários e pais estarão juntos na tentativa de criar um jornal
mural que alcance a todos e traga as noticias “mais quentes” da nossa escola
além de matérias escritas por alunos e também o famoso” recadinho do coração” .
O aluno envolvido neste projeto
poderá desenvolver a leitura, a ortografia
e aprenderá a escrever com clareza e objetividade. A parceria com
professores é primordial pois através de projetos Interdisciplinares eles
poderão desenvolver metodologias que envolvam
eficazmente toda a turma. O Grêmio Estudantil teria uma importante
contribuição dirigindo e organização todo o processo.
Capitulo II - Aos
Educadores
Se há uma criatura que tenha
necessidade de formar e manter constantemente firme uma personalidade segura e
complexa, essa é o professor . Destinado a pôr-se em contato com a infância, a
adolescência e a juventude, nas suas mais várias e incoerentes modalidades,
tendo de compreender as inquietações da
criança e do jovem, para bem os orientar e satisfazer sua vida, deve ser também
um contínuo aperfeiçoamento, uma concentração permanente de energias que sirvam
de base e assegurem a sua possibilidade, variando sobre si mesmo, chegar a
aprender cada fenômeno circunstante, conciliando todos os desacordos aparentes,
todas as variações humanas nessa visão total indispensável aos educadores. É,
certamente, uma grande obra chegar a consolidar-se numa personalidade assim.
Ser ao mesmo tempo um resultado - como todos somos - da época, do meio, da
família, com características próprias, enérgicas, pessoais e poder ser o que é
cada aluno, descer à sua alma, feita de mil complexidades, também, para se
poder pôr em contato com ela, e estimular-lhe o poder vital e a capacidade de
evolução. E ter o coração para se emocionar diante de cada temperamento. E ter imaginação para
sugerir, e ter conhecimento para enriquecer os caminhos transitados. E saber ir
e vir em redor desse mistério que existe em cada criatura, fornecendo-lhes cores luminosas
para se definir, vibratilidades ardentes
para se manifestar, força profunda para se erguer até o máximo, sem vacilações
nem perigos. Saber ser poeta para inspirar. Quando a mocidade procura um rumo
para a sua vida, leva consigo, no mais íntimo do peito, um exemplo guardado,
que lhe serve de ideal. Quantas vezes, entre esse ideal e o professor, se abrem
enormes precipícios, de onde se originam os mais tristes desenganos e as
dúvidas mais dolorosas! Como seria admirável se o professor pudesse ser tão
perfeito que constituísse, ele mesmo, o exemplo amado de seus alunos! E, depois
de ter vivido diante dos seus olhos, dirigindo uma classe, pudesse morar para
sempre na vida, orientando-a e fortalecendo-a com a inesgotável fecundidade da
sua recordação.
Cecília Meireles, neste lindíssimo
texto, demonstra a difícil e
complexa vocação de formar pessoas. O professor é tudo isto e muito mais.
Nosso profissão além de difícil ,
complexa, perigosa, angustiante, ainda somos massacrados a cada governo, com
baixos salários, o menor de uma carreira de nível superior, somos culpados por
todos os problemas da educação brasileira, não temos o reconhecimento que
merecemos, e por incrível que pareça, a maioria dos problemas da escola somos
nós os culpados. A alta rotatividade, as desgastantes designações, a falta de
espaço para a elaboração de projetos, a carga de trabalho fatigante e a
incompreensão de alunos, pais e dirigentes,
nos remete ao desânimo absoluto.
Portanto, temos que criar mecanismos concretos para
solucionar estes problemas que a muito nos oprime. Alguns estão além das
possibilidades da escola como:
rotatividade e salários. No entanto, na maioria, podemos sim resolvê-los.
2.1
- Maior participação dos professores nas decisões
da escola através do colegiado e da Associação de Pais e Mestres;
2.2
-
Criação de coordenações por área:
De acordo com os Parâmetros
Curriculares Nacionais do Ensino Médio
os conteúdos foram agrupados em áreas de conhecimento como: Linguagem, Códigos
e suas Tecnologias; Ciências da
Natureza, Matemática e suas Tecnologias e Ciências humanas e suas Tecnologias.
Esta divisão foi proposta para o ensino médio mas pode perfeitamente ser
incorporada também ao ensino fundamental.
Os professores pertencentes aos grupos específicos elegeriam entre si, o
seu coordenador. Este coordenador não seria afastado da sala de aula pois a
legislação não permite. Sua função é coordenar o trabalho de sua área, propondo
o elo de intercâmbio entre os conteúdos para a elaboração dos trabalhos
Interdisciplinares e transversais. O professor coordenador teria um acesso
privilegiado a cursos de capacitação oferecidos pela SEE e sua ausência será
suprida pela equipe diretiva, onde aplicará exercícios e atividades propostos
pelo professor titular da turma.
2.3- Negociação das faltas
Sabemos
que o dia - a - dia é repleto de
contratempos, um filho doente, um mal estar inesperado, atraso do ônibus,
problemas com o transporte, etc. Imprevistos acontecem. Partindo do ponto de
vista que todos nos temos um compromisso
sério com a escola e com nossos alunos e
quando faltamos é porque realmente necessitamos, não há nada que empeça
uma negociação justa desta falta.
O
professor terá 1 mês para repor o dia faltoso, suprindo a ausência de outros
professores e em horários vagos, caso haja reposição de paralisações, também poderá repor extraordinariamente a sua
falta. No entanto, a reposição do dia faltoso deve respeitar as aulas das
turmas para não prejudicar a carga horária do aluno.
O
compromisso do professor em avisar sua ausência com antecedência, se possível.
Este procedimento é de suma importância para a
organização dos horários e das
turmas causando assim, o menor tumulto possível.
2.4-
Reconhecimento
a eficiência
O professor como todo profissional
precisa ter auto - estima, precisa ter seu trabalho reconhecido, não através de
avaliações de desempenho, mas sim o reconhecimento sincero da sua eficiência,
dos seus projetos, da sua conduta ética, da sua dedicação para com os alunos.
Nós professores somos a todo tempo cobrados, desvalorizados e desrespeitados,
não temos o valor que merecemos.
Portanto, é nosso compromisso, o verdadeiro reconhecimento dos bons
profissionais, daqueles que apesar das
péssimas condições de trabalho conseguem criar projetos altamente producentes e
com grande adesão dos alunos e professores. O reconhecimento não virá em forma
de presentes, brindes ou festas mas sim, através de uma palavra de
agradecimento, de reconhecimento, de incentivo, de parceria, de cumplicidade.
Achamos que poucas palavras nos momentos certos valem mais do que mil ações,
sem sentido, nos momentos inadequados.
2.5-
Processo da avaliação de desempenho
Deve
haver critérios bem definidos e coerentes com as práticas vivenciadas, deve ser
contínuo e de natureza pedagógica, voltado para a melhoria continua do
desempenho profissional coletivamente organizado, e fundamental é que todos
compartilhem das intenções de seus objetivos.
O governo do Estado de Minas Gerais
instituiu a partir de 2003 o projeto de avaliação de desempenho, observando os
critérios de 1 - qualidade, 2- produtividade, 3- iniciativa, 4 - presteza, 5-
aproveitamento em programas de capacitação, 6- assiduidade, 7- pontualidade, 8-
administração do tempo, 9- uso adequado
de equipamento e instalações de serviços, 10- aproveitamento dos
recursos e racionalização de processos de trabalho e por fim, 11- capacidade de
desenvolver trabalhos em
equipe. Quem conseguir
conceito insatisfatório poderá perder o cargo.
É um projeto polêmico que pode gerar
desconfiança e apreensão, e também a pergunta :
quem possui a qualificação para avaliar? Nada esta definido, mas o
papel e o perfil dos avaliadores tem que ser conhecido. Avaliadores de desempenho são todas as pessoas que,
direta ou indiretamente, possam estar envolvidas na atividade de detectar
diferenças individuais de comportamento em situações de trabalho.
A avaliação de desempenho acontece
numa relação de troca, de intercâmbio, e se distribui por toda uma equipe de
pessoas que abrange desde o próprio avaliado até aqueles que têm poder de
decisão dentro da organização escolar.
Sejam quais forem os elementos que
estejam envolvidos nos procedimentos de avaliação, deve-se antes de tudo ter em
mente que quem faz avaliação são pessoas
e, como tal, podem cometer determinados enganos, apesar de sua natural
predisposição em desincumbir-se da melhor forma possível dessa
responsabilidade. É Normal e natural que, ao avaliar outra pessoa, uma série de
variáveis possam interferir, distorcendo o retrato fiel da realidade que se
pretende fazer.
Não entram, portanto, em cogitação
aqueles avaliadores que já apresentam predisposições negativas ou intenção prévia de servir-se da
avaliação como instrumento de suas necessidades imaturas de proteger ou
perseguir, ou como forma de extravasar suas simpatias e antipatias pessoais,
conforme interesse de ordem particular, discrepantes dos objetivos
organizacionais.
Torna-se, então, necessário entender
como as pessoas habitualmente se comportam quando estão em fazer do fato de
terem de emitir parecer sobre as outras, isto é, é preciso esta alertado sobre
como suas avaliações podem ser afetados pelo próprio mecanismo de percepção das
circunstâncias ambientais e sociais que as envolvem. Portanto, o ato de
avaliar é extremamente complexo e exige
extensa discussão por toda a comunidade escolar.
2.6-
Acesso
aos recursos didáticos da escola.
A escola possui uma biblioteca que
atende parte da demanda da comunidade escolar, nela encontramos livros
didáticos de todos os conteúdos, livros paradidáticos, de didática, metodologia, literatura,
dicionários, mapas, enciclopédias, em fim, um material importante para a
auxiliar os professores na elaboração de suas aulas. Infelizmente os livros do
Ensino Médio são muito raros devido ao alto índice de furto. Apesar dos
problemas a biblioteca supre grande parte da demanda por pesquisa. O professor
precisa de mais tempo com seus alunos para verificarem o acervo e “garimparem”
boas obras de relevância importância para os alunos e até para a sua formação continuada .
Existem em nossa escola um retro -
projetor, uma sala de vídeo, fitas VHS, Fitas Cassete, o início das atividades
de laboratório depois de muitos anos de reivindicação dos professores e alunos,
maquetes de órgãos humanos, etc. Todo estes recursos devem ser amplamente
utilizados por todos os professores,
respeitando tabelas de agendamento. Seu uso deve ser facilitado pela direção,
bibliotecários e equipe de especialistas para que sejam realmente instrumentos
eficazes no processo de ensino -
aprendizagem.
2.7-
O
lanche dos professores
Nos turnos da manhã e tarde não há
problemas, pois os professores consomem a merenda dos alunos. O maior dilema é
o turno da noite, até então, os alunos não tem merenda, conseqüentemente os
professores também não . Com certeza a
nossa campanha de arrecadação de alimentos vai ser um sucesso, resolvendo o
problema. Mas ainda existe um entrave ao
nosso merecido descanso nos recreios: “o nosso indispensável cafezinho”
. Em todas as repartições públicas e empresas privadas seus funcionários tem o
direito ao cafezinho, nós não! Poderemos resolver isto com uma simples conta:
1/2 quilo de café custa aproximadamente R$ 4,00, gastamos aproximadamente 1/2
quilo de café por turno em uma semana. Final das contas, a escola gastará por
semana apenas R$ 12,00 reais para comprar nosso “sagrado cafezinho”.
Acreditamos que esta quantia não apresentará grande “rombo” na conta dos Recursos Próprios da escola. Caso haja
impedimentos legais a equipe diretiva se
responsabilizará em arcar com os gastos.
2.8-
A
presença do Diretor nas reuniões
É inconcebível e inimaginável uma
reunião de professores sem a presença do diretor e sua equipe diretiva. São nas reuniões os momentos onde se discute problemas - soluções,
propostas de trabalho, planejamentos, projetos, etc.. O diretor deve estar
presente para discutir, apreciar, opinar, explicar, compartilhar conhecimentos
e esclarecer pontos da administração que apenas ele pode esclarecer.
Todas as reuniões devem ser
registradas em ata para futuramente evitarmos os famosos “disse - não disse” e
assim comprometer o funcionamento dos projetos
e operacionalidade da escola.
Capítulo III - Comunidade Externa e Pais
3.1- Comunidade Externa
Todos os agentes da escola fazem
parte da comunidade escolar, tentamos criar
insistentemente mecanismos para aprimorar nossa relação cotidiano dentro
desta comunidade. Porém, em muitas vezes, esquecemos que existe uma comunidade
fora dos muros da escola e, na maioria das vezes, muito carente. Como atrair
esta comunidade para dentro da escola? Como tentar suprir suas necessidades?
São perguntas com poucas respostas. No
entanto, algumas ações podem servir como elo unificador das relações escola e
entorno social:
1-
A
abertura da escola nas feiras de cultura, eventos esportivos, etc., para a
comunidade em geral;
2-
Abertura
nos fins de semana das quadras esportivas
para a comunidade. A presença de voluntários da própria comunidade,
pais, alunos e funcionários é fundamental nestes eventos;
3-
Maior
divulgação da festa junina para maior participação da comunidade
4-
Maior
abertura da escola para as instituições religiosas promovem encontros e shows;
5-
Cultos
ecumênicos em datas comemorativas ou importantes para a escola.
6-
Fazer
com que a comunidade conheça a história da escola através da visita ao memorial
da Escola Estadual Professora Yolanda Martins.
7-
Promover
campanhas de restauração da escola com a ajuda voluntária da população;
8-
Fazer
com que a comunidade perceba a importância da escola no contexto social,
cultural e econômico da localidade. Com
estas ações certamente a depredação do patrimônio da escola será amenizado.
3.2-
Pais
Segundo o Art. 1o da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
número 9.394/96 “ A educação abrange os processos formativos que se
desenvolvem na vida familiar,
na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações
culturais. Segundo o Art. 2o “A educação, dever da família e do Estado, inspirada
nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho”
A
própria lei que disciplina a educação no Brasil exalta a importância da
família na vida estudantil dos alunos. Quando falamos em família logo nos vem a
cabeça a palavra “pais”. Mas, o que significa “pais” - pais são os genitores de
uma nova vida, aqueles que alimenta, dão proteção, levam ao médico, se
preocupam, dão conforto, educam na fé,
ensinam limites, dão exemplos e aprendem também. Nem todos os pais apresentam
este perfil. Mas para nós educadores todos possuem sua importância. Neste
sentido, é muito importante trazê-los para a escola, fazer com que sintam
prazer em acompanhar a vida escolar de
seus filhos. Para tanto, algumas ações
podem ser eficazes:
1-
Reuniões
mais freqüentes;
2-
Promover
eventos de interação Aluno - Escola - Pais , como gincanas, campanhas de
solidariedade, feiras de cultura, eventos culturais, etc.;
3-
Convidar
os pais dos alunos que se destacaram para receber os prêmios juntamente com
seus filhos;
4-
Difundir
a leitura em família através de projetos de leitura familiar coordenados pela
biblioteca;
5-
Criação
da Associação de Pais e Mestre para
auxiliar na conscientização dos alunos em relação a conservação do patrimônio, a disciplina, na aquisição de novos
equipamentos, aquisição de novos recursos didáticos e restauração do prédio.
Capítulo IV - Funcionários da Secretária
Um departamento indispensável da
escola, sem ele a instituição não funciona. É nele onde são feitos todos os
registros de alunos e funcionários. Nossas vidas profissionais estão nas mãos
destes funcionários. A vida escolar dos alunos esta arquivados em seus arquivos
e computadores. Mas como dinamizar e flexibilizar ainda mais o atendimento da
secretaria? Algumas ações podem ser sugeridas:
1-
A
escola das tarefas serão distribuídas de
acordo com as afinidades já
existentes. Somos uma escola privilegiada, pois temos ótimos profissionais
neste departamento e com competências específica bem definidas;
2-
A
escola do turno de trabalho poderá ser
feita através de “acordos de cavalheiros” . Caso não haja consenso utiliza-se
os critérios de classificação;
3-
Seria
importante que todos os funcionários tivessem acesso e conhecimento de todas as
tarefas da secretaria para dinamizar e flexibilizar o atendimento. Isto não que
dizer que todos devam efetuar todas as tarefas ao mesmo tempo. A divisão de tarefas
é importante. A flexibilização de competências busca suprir problemas como: o professor vai solicitar sua contagem de tempo, mas o
funcionário responsável não está presente; um pai vai buscar a declaração de
transferência do aluno, mas o funcionário responsável não está presente. Estes
problemas podem causar desconforto e revolta desnecessários aos pais e demais
funcionários.
4-
Há
uma clara necessidade de maior intercâmbio de informações entre os funcionários
da secretaria e professores. Faz-se necessário a participação dos funcionários
em algumas reuniões e conselhos de classe para a socialização das informações
diminuindo assim, equívocos e informações “truncadas” muito comuns no dia - a - dia da escola.
5-
Reorganizar
o ambiente de trabalho da secretaria para maximizar o espaço tronando-os mais
funcionais e mais confortáveis.
6-
Os
funcionários da secretaria possuem total autonomia de optar pelos movimentos grevistas.
7-
A
presença do Secretário Escolar e primordial, para a supervisão “construtiva”
das tarefas, como agente integrador e
colaborador na execução dos trabalhos da secretaria.
8-
Promover
manutenções eficazes na rede de computadores, com amplo treinamento dos
operadores e troca imediata dos
prestadores de assistência técnica ineficientes.
Capítulo V - O quadro dos serviços gerais
Outro departamento importantíssimo
na escola. As “meninas da cantina”, como são carinhosamente conhecidas,
desempenham funções importantíssima de limpeza das salas, do pátio, dos
banheiros, fazem a merenda de todos os
dias, controlam a distribuição da merenda, e muitas vezes educam. Os homens que
trabalham no portão e na horta também exercem importantes funções. Devem portanto, serem valorizados a todo
instante. Porém conflitos podem acontecer e para tentar amenizá-los algumas
propostas podem ser aplicadas:
1-
A
divisão de tarefas devem ser combinadas entre as serviçais, de acordo com as
afinidades de cada uma, caso não haja consenso um mecanismo de classificação e
prioridade pode ser elaborado;
2-
Maior
participação das cozinheiras na confecção do cardápio;
3-
Todo
trabalhador possui o direito a greve e portanto, o direito a paralisação das
serviçais será respeitado mediante votação democrática;
4-
A
faxina geral deve ser feita uma vez por mês, exceto as limpeza das salas e corredores,
com a presença de todos os servidores;
5-
Será
analisado a carga horária dos servidores da cantina no intuito de oferecê-los
de forma mais justa o merecido descanso nos feriados e recessos;
6-
A
troca de horário deve obedecer as necessidades da escola mas também devemos
olhar com muita atenção as necessidades
dos servidores;
7-
Serão
criados ambientes que favoreçam a
amizade, a solidariedade, o companheirismo
profissional, e que desavenças sejam eliminadas através de uma boa
convivência cotidiana;
8-
Materiais
adequados para as limpezas que possam facilitar o trabalho e o torne menos
insalubre;
9-
As
faltas poderão ser negociadas durante
todo o mês vigente, e apenas quando não houver consenso será envida para o
pagamento.
Capítulo VI - Colegiado Escolar
O colegiado é o órgão supremo da
administração escolar. Ele é a representação mais fiel de todos os segmentos da
escola. Alunos, professores, pais, especialistas, funcionários podem optar,
deliberar, reivindicar soluções importantes para a administração e a
operacionalidade da escola, gerir os recursos financeiros e direcionar sua melhor aplicação.
Para que o Colegiado Escolar possa
desempenhar suas reais funções é necessário intensificar e fortalecer suas
ações. Algumas sugestões podem contribuir neste processo:
1-Divisão
de funções bem definidas e criação de
comissões específicas;
2-
Jornal
mural do colegiado - onde iremos expor todas as deliberações, resoluções,
prestação de contas e divulgação dos levantamentos de preço;
3-
No
momento da aprovação da prestação de contas faz-se necessário a apresentação de
todos os levantamentos de preço, pelo menos 3 orçamentos para cada compra, para evitar favorecimento a alguns
fornecedores;
4-
Dar
prioridade aos fornecedores da região, pois são eles que oferecem emprego aos
nossos alunos e doações para nossos eventos;
5-
Maior
quantidade de reuniões para discutir questões relacionadas a disciplina dos
alunos. O colegiado deve entender que para o aluno ser convocado para alguma
audiência perante seus membros, vária etapas devem ser percorridas.
4.1-
Advertência do professor;
4.2-
Advertência do especialista ( na
presença dos pais) ;
4.3-
Advertência da equipe diretiva ( na presença dos pais);
4.4-
Em posse de todos os registros das
faltas graves causadas pelo aluno o colegiado analisará o caso e resolverá qual
a melhor solução:
4.4.1-
Audiência com o aluno e pais;
4.4.2-
Encaminhamento ao conselho tutelar e
cobrar soluções concretas;
4.4.3-
Encaminhamento a promotoria;
4.4.4-
todas as etapas devem ser devidamente
documentadas e arquivadas na pasta
pessoal do aluno.
4.5-
Criar uma parceria série com os colegiados das escolas do nosso setor no
intuito de pressionar e cobrar eficiência do Conselho Tutelar;
4.6-
Fazer parcerias importantes com o Grêmio
Estudantil, Associação de Pais e Mestre e o Conselho de Lideres de Classe;
Capítulo VII - A rede física da escola
A escola é relativamente grande,
possui 14 salas, um laboratório, duas quadras, biblioteca, sala de professores,
administração, supervisão, cantina e sala de vídeo. É uma boa rede física
instalada, mas podemos acrescentar a esta rede novas propostas de espaços como:
1-
Mesas
de convívio social, onde tabuleiros de dama ou xadrez serão pintados sobre
elas. A localização mais adequada destas mesas seria próximo ao laboratório
no “3o pátio”, próximo a mesa
de ping - pong;
2-
Construção
de um palco permanente, também próximo ao laboratório, onde todas as
apresentações de teatro, música, dança, declamação de poesias, etc. teriam um
espaço próprio e adequado;
3-
Dar
nomes aos pavilhões num intuito de valorizar personagens importantes para a
educação da escola e do município;
4-
Pintar
frases reconfortantes, que inspiram a esperança, a amizade, a solidariedade, o
amor e também, abrir espaço para os grafiteiros com seus desenhos
criativos e representativos das
condições sociais;
5-
Pintura
das salas através do projeto de apadrinhamento por turmas;
6-
Construção
de um muro entre o pátio e a quadra de futebol. A importância do muro seria nos
momentos em que a escola, aberta à comunidade, não encontrasse monitores
voluntários disponíveis.
7-
Retirar
todos os arames farpados das telas e cerca, implantar uma proteção de tela
entre a quadra de vôlei a os arbustos no muro principal para diminuir a perda de material esportivo;
8-
Desenvolver
os jardins e a horta da escola, com
maior diversidade de plantas ornamentais, rochas e hortaliças, verduras;
9-
Promover
visitas mensais a horta e promover a conscientização da importância deste
espaço para a escola.
10-
Pintar brincadeiras no pátio.
11-
Cobrar das autorizadas municipais a
promessa da cobertura da quadra;
12-
Comprar marcos e portas paras as salas;
13-
Com a ajuda de toda a comunidade
escolar temos certeza que iremos arrecadar fundos para fazer muitas melhorias
da na escola como: terminar o passeio externo, recuperar o pátio, etc.
14-
promover campanhas de conscientização
da conservação do espaço escolar demonstrando para todos que ele
nos pertence.
Considerações
Finais
Com certeza terminamos este Plano de
Ação bem diferentes daqueles que o iniciou. O contato com as bibliografias
especializas, com revistas educacionais e entrevistas e conversas informais com
os membros da comunidade escolar nos
ensinaram muito. Sabemos que a educação não é estanque, ela é dinâmica e
flexível. Portanto, o conteúdo deste plano não esta acabado, nunca ficará
acabado, mas com certeza buscaremos a cada dia de nossas vidas o nosso aprimoramento profissional.
Bibliografia
EDUCAÇÃO
: um tesouro a descobrir - 6a
Edição - São Paulo: Cortez;
Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre educação
para século XXI
VEIGA
- NETTO, A . J. Disciplinaridade X
Indisciplinaridade: uma tensão
produtiva, Departamento de Ensino e Currículos, UFRGS
SEVERINO,
Antônio Joaquim - Metodologia do Trabalho
Científico
21a Edição - Ed. Cortez, São Paulo - SP - 2000 - p. 73-142
DIAS,
Generaldo Freire - Atividades
Interdisciplinares de Educação
3a Edição - Editora Global - São Paulo - SP - 1997
VEIGA,
Ilma P. Alencastro (Org.) - Técnicas de
Ensino: Por que não?
Coleção : Magistério Formação e Trabalho Pedagógico , 5a
Edição
Editora Papirus - Campinas - SP - 1991 - p. 131-143.
BRASIL.
Constituição da República Federativa do
Brasil, 1988. Edição
Especial - coleção Saraiva Legislação - Editora Saraiva - São Paulo - SP
1998.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino
Fundamental , Documento
Introdutório - Secretaria de Educação Fundamental, Brasília.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino
Médio, MEC - Ministério
da Educação, Brasília.
BRASIL. Temas Transversais - Parâmetros
Curriculares Nacionais : Ensino
Fundamental : Meio Ambiente p. 167-242 - Secretaria de Educação
Fundamental , Brasília.
REVISTA
TERRA LIVRE- Dossiê : Os PCN’s no Ensino
Fundamental - Publicação da AGB. No 13- Agosto 1997 p. 9-19
LUCK, Heloísa;
FREITAS, Kátia S., GITLING, Roberto e KEITH, Sherry-
A escola Participativa: o trabalho do gestor escolar
COTRIM, Gilberto e PARISI, Mário -
Fundamentos da Educação -
História e Filosofia da Educação,
5a Edição - Editora Saraiva
São Paulo - SP - 1982.
REVISTA NOVA ESCOLA - Editora Abril -
Edições Janeiro/Fevereiro/Março
Abril/Maio/Junho/Julho/Agosto/Setembro/Outubro/Novembro e
Dezembro de 2002 e 2003 e Janeiro de 2004 - São Paulo - SP - 2004
LEI DE DIRETRIZES DE BASES DA EDUCAÇÃO
- Lei 9.9394/96 -
República Federativa do Brasil -
BR 1996.