Escola é cultura!

Divulgando para o mundo as atividades culturais da escola.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

DISCUSSÕES DE FINAL DE ANO: APROVAR OU REPROVAR?


Claudio de Moura Castro

Aprovar quem

não aprendeu?

"O medo da repetência leva o aluno de classe média a estudar, para evitar os castigos. Nas famílias mais modestas não há medo nem pressão para que os filhos estudem"
Para chamar atenção sobre pesquisas irrelevantes, um bando de gaiatos de Harvard criou o prêmio Ignobel (um brasileiro já foi agraciado, por estudar o impacto dos tatus na arqueologia). De fato, esse é um problema clássico da academia. Como às vezes aparecem descobertas de valor na enxurrada de idéias que parecem bobas, todos se acham no direito de defender as suas. Diante disso, é reconfortante encontrar pesquisas colimando assuntos palpitantes e com resultados precisos e definitivos. Esse é o caso da tese de Luciana Luz, orientada pelo professor Rios Neto (UFMG), que examinou um problema fundamental: no fim do ano, o que fazer com um aluno que não aprendeu o suficiente? Dar bomba, para que repita o ano? Ou deixá-lo passar? O uso de dados longitudinais permitiu grande precisão na análise. A autora tratou os números com cuidado e sofisticação estatística. O cuidado aumenta a confiança nos resultados. Mas a sofisticação impossibilita que se faça aqui uma explicação acessível da análise estatística.
Contudo, a interpretação das conclusões é clara. A tese permite comparar um aluno que repetiu o ano por não saber a matéria com outro que foi aprovado em condições similares. Os números mostram com meridiana precisão: um ano depois, os repetentes aprenderam menos do que alunos aprovados sem saber o bastante. Tudo o que se diga sobre o assunto não pode ignorar o significado desses dados, que, aliás, corroboram o que foi encontrado pelo professor Naércio Menezes e por pesquisadores de outros países.
Ao que parece, para os repetentes, é a mesma chatice do ano anterior, somada à frustração e à auto-estima chamuscada. Andemos mais além da tese. Não reprovando, a nação economiza recursos, pois, com a repetência, o estado paga a conta duas vezes. E, como sabemos por meio de muitos estudos, os repetentes correm muito mais risco de uma evasão futura. Logo, ganha-se de três lados. Como a "pedagogia da reprovação" não funciona, a "promoção automática" é um mal menor.
Ilustração Atômica Studio

A história não acaba aqui. A angústia de decidir se devemos aprovar quem não sabe torna-se assunto secundário, diante da constatação de que o aluno não aprendeu. Esse é o drama mais brutal do ensino brasileiro. Por isso, a discussão está fora de foco. Precisamos fazer com que os alunos aprendam. De resto, não faltam idéias nos países onde a educação dá certo. Por exemplo, na Finlândia – e mesmo no Uruguai – há professores cuja tarefa é dar uma atenção especial aos mais fracos. Por que se digladiam todos contra a "promoção automática", quando a verdadeira chaga é o fraco aprendizado? De fato, há uma razão. Grosso modo, três quartos da população brasileira é definida como de "classe baixa". Dada essa enorme participação, o que é verdade para seus membros é verdade para o Brasil como um todo. Mas há os 20% de classe média e alta. Para esses pimpolhos, a situação é diferente. Famílias de classe baixa são fatalistas, assistem passivamente à reprovação dos seus filhos. Se não aprenderam a lição, é porque "sua cabeça não dá". Já na classe média a regra é outra. Levou bomba? Antes zunia a vara de marmelo, depois veio o confisco da bola, da bicicleta ou do iPhone. Santo remédio!
Reina a "pedagogia do medo da repetência". Essa é a arma dos pais para que o filho se mantenha por longo tempo colado à cadeira e com os olhos no livro. Cá entre nós, eu estudava por medo da bomba. É também a ameaça da bomba que permite aos professores forçar os alunos a estudar. Sem ela, sentem-se impotentes. Portanto, estamos diante de um dilema. O medo da repetência leva a minoria de classe média a estudar, para evitar os castigos. Pode não ser a pedagogia ideal, mas ruim não é. Já nas famílias mais modestas não há medo nem pressão para que os filhos estudem. O que há são as bombas caindo do céu e criando repetência abundante e disfuncional. Pouquíssimos países no mundo têm níveis tão altos de repetência como o nosso. Ao contrário de outros dilemas, esse tem solução clara, ainda que difícil. Basta melhorar a qualidade da educação para todos.  
Claudio de Moura Castro é economista
claudio&moura&castro@cmcastro.com.br

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Olimpíada do Conhecimento 2012


Os melhores alunos dos anos finais do Ensino Fundamental

Escola Municipal do Bairro Jardim das Rosas Ibirité - MG

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sala de Apoio Pedagógico "Helena Antipoff" (Nome provisório)



SENHORES PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
                Venho informa-lo que Graças a Deus, a escola dispõe agora de uma “sala de apoio pedagógico”. Mais tarde tornará uma Sala de “Recursos Multifuncionais”.
                Para alcançarmos esse objetivo é necessário paciência e muita luta. Mas com fé em Deus não tardará conseguirmos essa vitória. Por enquanto, temos que agradecer a Deus pelo que ele nos proporcionou.
                A “sala de apoio” já está funcionando: Ela é usada pela professora de apoio do aluno Luiz Fernando – AEE, que dá aula de reforço no período de 13 às 14h10 de segunda a sexta-feira.  Também  pela professora Heliana,  professora de apoio da aluna Izabela –AEE utilizando um computador. O aluno Luiz Fernando tem à sua disposição uma maca para que a professora Marisa e a Senhora Iva possam trocar -lo.
                A  sala dispõe  de pintura e materiais pedagógicos para uso dos alunos e professora.
                Gostaria de sugerir que o nome da sala fosse: Sala de Apoio Pedagógico “Helena Antipoff”, para resguardar tudo o que essa grande mestra ensinou e que atualmente está meio esquecido.
 Alguém gostaria de sugerir outro nome?
Ibirité, 18 de outubro de 2012.