Ei,
Mamãe, papai, você que
cuida de mim.
Eu sou sua
responsabilidade!
Estou na escola agora sob
os cuidados de pessoas estranhas, mas confiáveis, que são pagas para ficarem
comigo durante um determinado tempo. Eles me dão tarefas para fazer e querem
o meu melhor, disso eu tenho certeza.
Mãe, pai... Quero dizer
que não faço as tarefas porque quero ou porque são agradáveis. Muitas vezes
são, mas não é por isso.
Faço por você!
Quero que fique feliz com
meu aprendizado e com o meu progresso. Você que é muito importante para mim;
mamãe, papai...
Se
você não se importa comigo: se não olha os meus cadernos, não observa os
bilhetes que minha professora manda, se não me ajuda a fazer os deveres de
casa, se não cuida do meu uniforme escolar e não sabe o que se passa comigo
dentro da escola?
Eu também não me
importarei. Fazer para quê? Para quem? Por quê? O que tenho mais a fazer na
escola? Não há sentido para mim, prefiro brincar, jogar, conversar, ficar a
toa. Minha professora se preocupará, a escola se preocupará, mas e daí, você se
importará?
Por favor, papai, mamãe...
Preste atenção em mim. Eu existo e quero ser reconhecido, me ajude. Não preciso
só de comida e um lugar para dormir. Preciso também do seu carinho, respeito e
cuidado, principalmente esse último. Não me troque pelo seu trabalho, eu sei
que ele é importante. Mas, e quanto a mim? Também não sou importante para você?
Te amo muito!
Seu filho.
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